sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

SANTOS DO DIA 02 DE JANEIRO

Hoje, celebramos a memória dos santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno, ambos bispos e doutores da Igreja, no séc. IV. Foram amigos íntimos, vivendo uma amizade fraterna até à morte: partilharam a vida eremítica e cultivaram a filosofia e a teologia nos anos das disputas cristológicas.

São Gregório Nazianzeno, descrevendo as origens da mútua amizade, escreve: «Eu acompanhava o meu grande Basílio, não só por veneração, mas também porque me dava conta da firmeza do seu carácter e da oportunidade das suas palavras (…). Este foi o início da nossa amizade; daqui brotou a chama da nossa comunhão: éramos uma só coisa e víamos o mesmo. As esperanças que nos conduziam eram idênticas».

Que viam? Qual era a esperança que os manteve sempre unidos? A resposta é Jesus Cristo, pois Ele é o mestre e o guia: «Vós não vos façais chamar Rabi, porque um só é o vosso preceptor (…). Nem vos façais chamar de Mestres, porque só tendes um Mestre: o Cristo» (Mt 23,8.10). Encontravam a sua união no nome de Cristo: «O nosso grande nome consistia no facto de que éramos cristãos, e assim nos chamavam» (São Gregório).

Alguns “profetas do pensamento” do séc. XIX garantiam que o progresso da ciência e da técnica trariam “automaticamente” a paz ao mundo. A história recente não lhes deu razão: o “saber” que não conhece Deus é parcial, dificilmente sabe do amor e facilmente acaba na separação. A paz, a fraternidade, não são filhos da ciência nem da técnica, mas um dom do Amor do nosso Pai Deus. E, na verdade, foi em nome de Cristo que Basílio e Gregório -homens da ciência e do pensamento – chegaram a ser irmãos. «Vós sois todos irmãos. E a ninguém chameis de pai sobre a terra, porque um só é vosso Pai: aquele que está nos céus» (Mt 23,8-9).

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