quinta-feira, 30 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 30 DE ABRIL 2015

EVANGELHO DE JOÃO 13,16-20

«Em verdade, em verdade, vos digo: o servo não é maior do que seu senhor, e o enviado não é maior do que aquele que o enviou. Já que sabeis disso, sereis felizes se o puserdes em prática. Eu não falo de todos vós. Eu conheço aqueles que escolhi. Mas é preciso que se cumpra o que está na Escritura: ‘Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar’. Desde já, antes que aconteça, eu vo-lo digo, para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou. Em verdade, em verdade, vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou».
Comentário: Pe. D. David COMPTE i Verdaguer (Manlleu, Barcelona, Espanha)
Depois de lavar os pés dos discípulos...
Hoje, como naqueles filmes que começam lembrando um fato passado, a liturgia faz memória de um gesto que pertence à Quinta-feira Santa: Jesus lava os pés dos discípulos (cf. Jo 13,12). Assim, esse gesto - lido desde a perspectiva da Páscoa— recobra uma vigência perene. Observemos, somente, três idéias.
Em primeiro lugar, a centralidade da pessoa. Na nossa sociedade parece que fazer é o termômetro do valor de uma pessoa. Dentro dessa dinâmica é fácil que as pessoas sejam tratadas como instrumentos; facilmente utilizamo-nos uns aos outros. Hoje, o Evangelho nos urge a transformar essa dinâmica em uma dinâmica de serviço: o outro nunca é um puro instrumento. Tentar-se-ia  viver uma espiritualidade de comunhão, onde o outro —em expressão de João Paulo II— chega a ser “alguém que me pertence” e um “ dom para mim”, a quem temos de “dar espaço”. A nossa língua o tem apanhado felizmente com a expressão: “estar pelos demais” Estamos pelos demais? Escutamos-lhes quando nos falam?
Na sociedade da imagem e da comunicação, isto não é uma mensagem a transmitir, senão uma tarefa a cumprir, a viver cada dia: «sereis felizes se o puserdes em prática» (Jo 13,17). Talvez por isso, o Mestre não se limita a uma explicação: imprime o gesto de serviço na memória daqueles discípulos, passando logo à memória da Igreja; uma memória chamada constantemente a ser uma vez mais gesto: na vida de tantas famílias, de tantas pessoas.
Finalmente, um sinal de alerta: «Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar» (Jo 13,18). Na Eucaristia, Jesus ressuscitado se faz o nosso servidor, nos lava os pés. Mas não é suficiente com a presença física. Temos que aprender na Eucaristia e tirar as forças para fazer realidade que «tendo recebido o dom do amor, morramos ao pecado e vivamos para Deus» (São Fulgêncio de Ruspe).

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quarta-feira, 29 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 29 DE ABRIL 2015

 EVANGELHO DE JOÃO 12,44-50
Jesus exclamou: «Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouve as minhas palavras e não as observa, não sou eu que o julgo, porque vim não para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Quem me rejeita e não acolhe as minhas palavras já tem quem o julgue: a palavra que eu falei o julgará no último dia. Porque eu não falei por conta própria, mas o Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que devo dizer e falar. E eu sei: o que ele ordena é vida eterna. Portanto, o que eu falo, eu o falo de acordo com o que o Pai me disse».
Comentário: P. Julio César RAMOS González SDB (Mendoza, Argentina)
Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas naquele que me enviou
Hoje, Jesus grita; grita como alguém que precisa que suas palavras sejam ouvidas por todos. Seu grito sintetiza sua missão salvadora, pois tem vindo «não para julgar o mundo, mas para salvá-lo» (Jo 12,47), não por si mesmo, mas em nome do «Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que devo dizer e falar» (Jo 12,49).

Ainda não faz um mês que celebramos o Tríduo Pascal: o Pai estava tão presente na hora extrema, na hora da Cruz! Como escreveu João Paulo II, «Jesus, aflito pela previsão da prova que o esperava, ante Deus, o invoca com sua habitual e carinhosa expressão de confiança: ‘Abba, Pai’». Nas horas seguintes, se faz evidente o diálogo estreito do Filho com o Pai: «Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34); «Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito» (Lc 23, 46).

A importância da obra do Pai, e do seu enviado, merece a resposta de quem o escuta. Essa resposta é o crer, ou seja, a fé (cf. Jo 12,44); fé que nos dá — por Jesus mesmo — a luz para não continuar na escuridão. Ao contrário, quem rejeita esses dons e manifestações e não acolhe essas palavras «já tem quem o julgue: a Palavra» (Jo 12,48).

Aceitar Jesus, então, é crer, ver, ouvir ao Pai, significa não estar na escuridão, obedecer o mandato da vida eterna. Bem vinda seja a repreensão de São João da Cruz: «[O Pai] tudo nos falou por esta palavra só (...). Por isso, quem quiser perguntar alguma coisa a Deus ou ter uma visão ou revelação, seria não só uma necedade, também estaria ofendendo a Deus, já que não estaria colocando seu olhar em Cristo, evitando querer alguma outra coisa ou novidade».

terça-feira, 28 de abril de 2015

LISTA DOS SANTOS E SANTAS DO MES DE MAIO

Prezado/a amigo/a:
Abaixo segue a lista dos santos e santas do mês de maio

EVANGELHO DO DIA 28 DE ABRIL 2015

EVANGELHO DE JOÃO  10,22-30
Em Jerusalém celebrava-se a festa da Dedicação. Era inverno. Jesus andava pelo templo, no pórtico de Salomão. Os judeus, então, o rodearam e disseram-lhe: «Até quando nos deixarás em suspenso? Se tu és o Cristo, dize-nos abertamente!». Jesus respondeu: «Eu já vos disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu pai dão testemunho de mim. Vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém vai arrancá-las da minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior do que todos, e ninguém pode arrancá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um».
Comentário: Padre D. Miquel MASATS i Roca (Girona, Espanha)
Eu e o Pai somos um
Hoje, vemos Jesus que «andava pelo Templo, no pórtico de Salomão» (Jo 10,23), durante a festa da Dedicação em Jerusalém. Então, os judeus pedem-lhe: «Se tu és o Cristo, diz-nos abertamente», e Jesus responde-lhes: «Eu já vos disse, mas vós não acreditais» (Jo 10,24.25).

Só a fé dá ao homem a capacidade de reconhecer Jesus Cristo como o Filho de Deus. No ano de 2000, João Paulo II, no encontro com os jovens em Tor Vergata, falava do “laboratório da fé”. Há muitas respostas para a pergunta «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18) … Depois, porém, Jesus passa para o plano pessoal: «E vós, quem dizeis que eu sou?» Para responder corretamente a esta pergunta é necessária a “revelação do Pai”. Para responder como Pedro — «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo» (Mt 16,16)— faz falta a graça de Deus.

Contudo, embora Deus queira que todas as pessoas acreditem e se salvem, só os homens humildes têm a capacidade de acolher este dom. «Entre os humildes está a sabedoria», lê-se no livro dos Provérbios (11,2). A verdadeira sabedoria do homem consiste em confiar em Deus.

Santo Tomás de Aquino comenta esta passagem do Evangelho dizendo: «Consigo ver graças à luz do sol, mas se fechar os olhos, não vejo; porém a culpa não é do sol, mas minha».

Jesus diz-lhes que, se não creem, que acreditem, pelo menos, devido às obras que faz, que manifestam o poder de Deus. «As obras que eu faço em nome do meu pai dão testemunho de mim» (Jo 10,25).

Jesus conhece as suas ovelhas e as suas ovelhas escutam a Sua voz. A fé leva à intimidade com Jesus na oração. O que é a oração senão o trato com Jesus Cristo, que sabemos que nos ama e nos conduz ao Pai? O resultado e o prêmio desta intimidade com Jesus nesta vida, é a vida eterna, como lemos no Evangelho.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 27 DE ABRIL 2015

EVANGELHO DE JOÃO 10,1-10

O texto está dividido em duas partes, ou duas parábolas:

1. Na primeira parte, aparece a figura do Bom Pastor,
numa atitude de ternura com as ovelhas...
Ele as conhece, as chama pelo nome, caminha com elas e estas o seguem.
Elas escutam a sua voz, porque sabem que as conduz com segurança.

Em contraste com o pastor, aparecem as figuras dos ladrões e dos bandidos.
São todos os que se apresentam como Pastor, ou até falam em nome de Cristo,
mas procuram somente vantagens pessoais.

2. Na segunda parte, Jesus se apresenta como a "Porta das ovelhas":
    "Quem entrar por mim será salvo".
    A Porta permite a passagem dos donos da casa
    e impede o ingresso dos estranhos:
    Quando a porta é fechada é para proteger as ovelhas dos assaltantes;
    quando é aberta o pastor vai à frente, para conduzir as ovelhas às pastagens.
Para os líderes significa que ninguém pode ir ao encontro das ovelhas
  se não tiver um mandato de Jesus, se não tiver sido convidado por Jesus,
  se não se orientar pela prática de Jesus.
Para as ovelhas significa que Jesus é o único lugar de acesso
  para que as ovelhas possam encontrar as pastagens que dão vida.

A figura do Pastor era uma imagem muito familiar no tempo de Jesus.
Mas no mundo urbanizado de hoje, talvez ela perde a força que tinha então...
àO que nos diz ainda hoje esta imagem?

Convida-nos a refletir sobre o serviço da Autoridade… Propõe como  
   Modelo: Deve ser exercido numa atitude de Serviço contínuo e gratuito.
Para os cristãos, o Pastor por excelência é Cristo:
   Ele recebeu do Pai a missão de conduzir o rebanho de Deus...
   - Cristo, de fato, é o nosso "Pastor"?
      Ou temos outros "pastores", que orientam a nossa existência?
   - Quem conduz as nossas escolhas? Cristo?  
      Ou a voz da política, a voz da opinião pública, a voz do partido,
      a voz do comodismo e da instalação, a voz dos nossos privilégios,  
      a voz do êxito e do triunfo a qualquer custo, a voz da novela?
      A voz da televisão?

Como Cristo desempenha a sua missão de Pastor?
   Ele conhece as "ovelhas" e as chama pelo nome,
   mantendo com cada uma delas uma relação muito pessoal.
     - Aqueles que receberam de Deus a missão de presidir,
       de animar uma comunidade, o fazem dessa forma humana e amorosa?    

As ovelhas do rebanho de Jesus devem escutar a voz do Pastor e segui-lo…  
   Isso significa aderir a Jesus, percorrer o mesmo caminho dele,
   na entrega total aos projetos de Deus e na doação total aos irmãos.

- Procuramos nós seguir o nosso "Pastor" no caminho exigente do dom da vida,
  ou preferimos outros caminhos mais cômodos.

Em nossas comunidades cristãs, temos pessoas que presidem e que animam.    
   - Aceitamos sem problemas as pessoas que receberam essa missão
     de Cristo e da Igreja, apesar dos seus limites e imperfeições?
   - De outro lado, estamos conscientes de que Cristo é o nosso único "Pastor",
     que devemos escutar e seguir sem condições?
     Os outros "pastores" têm uma missão válida, se a receberam de Cristo.
     E o seu jeito de atuar nunca pode ser diferente do de Cristo.

Para distinguir a "Voz" do "Pastor", é preciso três coisas:
   - um permanente DIÁLOGO íntimo com "o Pastor",
   - um confronto permanente com a sua PALAVRA e
   - uma participação ativa nos SACRAMENTOS,
      onde recebemos a vida, que "o Pastor" nos oferece.

sábado, 25 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 26 DE ABRIL - QUARTO DOMINGO PASCOA

Evangelho (João 10,11-18): «Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor e a quem as ovelhas não pertencem, vê o lobo chegar e foge; e o lobo as ataca e as dispersa. Por ser apenas mercenário, ele não se importa com as ovelhas. Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. 
»Tenho ainda outras ovelhas, que não são deste redil; também a essas devo conduzir, e elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. É por isso que o Pai me ama: porque dou a minha vida. E assim, eu a recebo de novo. Ninguém me tira a vida, mas eu a dou por própria vontade. Eu tenho poder de dá-la, como tenho poder de recebê-la de novo. Tal é o encargo que recebi do meu Pai».
Comentário: + Rev. D. Josep VALL i Mundó (Barcelona, Espanha)
Eu sou o bom pastor
Hoje, Jesus nos diz: «Eu sou o bom pastor» (Jo 10,11). Comentando Santo Tomás de Aquino esta afirmação, escreve que «é evidente que o título de “pastor” lhe convém a Cristo, já que da mesma maneira um pastor conduz o rebanho à pastagem, assim também Cristo restaura os fiéis com um alimento espiritual: seu próprio corpo e seu próprio sangue». Tudo começou na Encarnação, e Jesus o cumpriu ao longo de sua vida, levando-o ao fim com sua morte redentora e sua ressurreição. Depois de ter ressuscitado, confiou este pastoreio a Pedro, aos Apóstolos e à Igreja até o fim dos tempos. Através dos pastores, Cristo dá sua Palavra, reparte sua graça nos sacramentos e conduz o rebanho para o Reino: Ele mesmo se entrega como alimento no sacramento da Eucaristia, e comunica a Palavra de Deus e o seu Magistério, e guia com solicitude o seu Povo. Jesus tem procurado para sua Igreja pastores segundo seu coração, quer dizer, homens que,  pelo Sacramento da Ordem, doem sua vida pelas ovelhas, com caridade pastoral, com humilde espírito de serviço, com clemência, paciência e fortaleza. Santo Agostinho falava freqüentemente  desta exigente responsabilidade do pastor: «Esta honra de ser pastor me tem preocupado (...), mas lá onde me aterra o fato de que sou para vocês, me consola o fato de que estou entre vocês (...). “Sou bispo para vocês, sou cristão com vocês». E cada um de nós, cristãos, trabalhamos apoiando os pastores, rezamos por eles, amamos-lhes e obedecemos-lhes. Também somos pastores para os irmãos, enriquecendo-os com a graça e a doutrina que temos recebido, compartindo preocupações e alegrias, ajudando todo o mundo com o coração. Interessamo-nos por todos aqueles que nos rodeiam no mundo familiar, social e profissional até dar a vida por todos com o mesmo espírito de Cristo, que veio ao mundo «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mt, 20,28).

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quinta-feira, 23 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 23 DE ABRIL DE 2015

EVANGELHO DE JOÃO 6,44-51 
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“Ninguém pode vir a mim, se o pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna.48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.

PEQUENA REFLEXÃO - Por CNBB - site A Palavra de Deus na vida

Um dos elementos fundamentais na fé católica é o primado da graça. Se Deus não age, nós não podemos agir, nos tornamos incapazes de fazer o bem. Para nós, o bem maior é conhecer Jesus, sermos capazes de ir até ele, mas isso só é possível pela atuação da graça. Mas, se por um lado, a graça é necessária para chegarmos até Jesus, por outro lado, Deus respeita a nossa liberdade, de modo que associada à graça divina, deve estar a nossa procura de Cristo. De nada adianta a graça nos mostrar que Jesus é o Pão da vida descido do céu para ser alimento de vida eterna a todos nós, se nós não queremos vê-lo.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 22 DE ABRIL DE 2015

Evangelho (Jo 6,35-40)
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 35“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37Todos os que o Pai me confia virão a mim e, quando vierem, não os afastarei.  38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.
A vida dada pela fé em Jesus Cristo

O longo discurso sobre o pão da vida é uma catequese sobre a Eucaristia na qual o povo de Deus é sustentado com o alimento espiritual. A vida do ser humano não se reduz ao seu bem-estar material. No ser humano criado por Deus há uma sede, um anseio de vida plena e de Deus. Se pão e água são essenciais para a existência do ser humano, eles não podem dar à vida do homem sentido nem fazer com que experimente a vida em plenitude. No agradecimento depois da Eucaristia, a Didaqué sugere a seguinte oração: “Tu, Senhor Todo-poderoso, criaste todas as coisas por causa do teu Nome e deste aos homens o prazer do alimento e da bebida, para que te agradeçam. A nós, porém, deste uma comida e bebida espirituais, e uma vida eterna por meio do teu Servo” (Didaqué, X, 3). Para chegar à fé em Jesus é preciso não se deixar deter pelas aparências; é preciso o olhar do coração purificado pela ação do Espírito Santo. Noutras palavras, é indispensável “nascer do alto”. Somente nessa vida nova é que se pode reconhecer que a missão de Jesus é fazer a vontade do Pai que o enviou (v. 38). A vontade do Pai é que todos possam aceitar participar da vida divina,a vida eterna. Essa vida é dada pela fé em Jesus Cristo.

Carlos Alberto Contieri, sj

terça-feira, 21 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 21 DE ABRIL DE 2015

Evangelho (Jo 6,30-35): Eles perguntaram: «Que sinais realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Que obras fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: ‘Deu-lhes a comer o pão do céu’».Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu. É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo». Eles então pediram: «Senhor, dá-nos sempre desse pão!». Jesus lhes disse: «Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede».
Comentário: Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)
É meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu
Hoje, nas palavras de Jesus podemos constatar a contraposição e a complementaridade entre o Antigo e o Novo Testamento: o Antigo é a figura do Novo e, no Novo as promessas feitas por Deus aos pais no Antigo chegam a sua plenitude. Assim, o maná que os israelitas comeram no deserto não era o autêntico pão do céu, e sim a figura do verdadeiro pão que Deus, nosso Pai, nos deu na pessoa de Jesus Cristo, a quem enviou como Salvador do mundo. Moisés solicitou a Deus, a favor dos israelitas, um alimento material; Jesus Cristo, em troca, se dá a si mesmo como alimento divino que outorga a vida.
«Eles perguntaram: «Que sinais realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Que obra realizas?» (Jo 6,30), exigem incrédulos e impertinentes os judeus. Pareceu-lhes pouco o sinal da multiplicação dos pães e dos peixes feita por Jesus no dia anterior? Por que ontem queriam proclamar rei a Jesus e hoje já não acreditam nele? Que inconstante é frequentemente o coração humano! Diz são Bernardo de Claraval: «Os incrédulos andam em volta, porque naturalmente, querem satisfazer o apetite, e desprezar o modo de conseguir o fim». Assim sucedia com os judeus: submergidos em uma visão materialista, pretendiam que alguém lhes alimentasse e solucionasse seus problemas, mas não queriam acreditar; isso era tudo o que lhes interessava de Jesus. Não é esta a perspectiva de quem deseja uma religião cômoda, feita sob medida e sem compromisso? 
«Senhor, dá-nos sempre desse pão!» (Jo 6,34): que estas palavras, pronunciadas pelos judeus desde seu modo materialista de ver a realidade, sejam ditas por mim com a sinceridade que me proporciona a fé; que expressem realmente um desejo de alimentar-me com Jesus Cristo e de viver unidos a Ele para sempre.e.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 20 DE ABRIL DE 2015

Evangelho (Jo 6,22-29): No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar notou que antes havia aí um só barco e que Jesus não tinha entrado nele com os discípulos, os quais tinham partido sozinhos. Entretanto, outros barcos chegaram de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão percebeu que Jesus não estava aí, nem os seus discípulos, entraram nos barcos e foram procurar Jesus em Cafarnaum. 
Encontrando-o do outro lado do mar, perguntaram-lhe: «Rabi, quando chegaste aqui?». Jesus respondeu: «Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados. Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois a este, Deus Pai o assinalou com seu selo». Perguntaram então: «Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?». Jesus respondeu: «A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou».
Comentário: Rev. D. Jacques FORTIN (Alma (Quebec), canad)
Trabalhai (…) mas pelo alimento que permanece até à vida eterna
Hoje depois da multiplicação dos pães, a multidão põe-se em busca de Jesus e na sua busca chega até Cafarnaum. Ontem como hoje, os seres humanos procuraram o divino. Não é uma manifestação de esta sede do divino a multiplicação das seitas religiosas, o esoterismo?
Mas algumas pessoas quiseram submeter o divino a suas próprias necessidades humanas. De fato, a história nos revela que algumas vezes tentou-se usar o divino para fins políticos ou outros. Hoje a multidão deslocou-se para Jesus. Por quê? É a pergunta que faz Jesus afirmando: «Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados» (Jo 6,26). Jesus não se engana. Sabe que não foram capazes de ler os sinais do pão multiplicado. Anuncia-lhes que o que sacia o homem é um alimento espiritual que nos permite viver eternamente (cf. Jo 6,27). Deus é o que dá esse alimento, o dá através de seu Filho. Tudo o que faz crescer a fé Nele é um alimento ao que temos que dedicar todas nossas energias.
Então compreendemos porque o Papa nos anima a esforçar-nos para ré evangelizar nosso mundo que freqüentemente não acode a Deus pelos bons motivos. Na constituição “Gaudium et Spes” (A Igreja no mundo atual”) os Padres do Concílio Vaticano II nos lembra: “só Deus, a quem Ela serve, satisfaz os desejos mais profundos do coração humano, que nunca se sacia plenamente só com alimentos terrestres". E nós, por que ainda seguimos Jesus? O que é o que nos proporciona a Igreja? Lembremos o que disse o Concílio Vaticano II! Estamos convencidos do bem-estar que nos proporciona este alimento que podemos dar ao mundo?
Comentário: Rev. D. Josep GASSÓ i Lécera (Ripollet, Barcelona, Espanha)
A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou
Hoje contemplamos os resultados da multiplicação dos pães, resultados que surpreenderam a toda aquela multidão. Eles desceram da montanha, ao dia seguinte, até beira do lago, e ficaram ali vendo Cafarnaúm. Ficaram ali porque não havia nenhum barco. De fato, só havia um: aquele que na tarde anterior havia partido sem levar Jesus.
A pergunta é: Onde está Jesus? Os discípulos partiram sem Jesus, e, sem dúvida, Jesus não está lá. Onde está então? Felizmente, as pessoas podem subir nas barcas que vão chegando, e zarpam em busca do Senhor a Cafarnaúm.

E, efetivamente, ao chegar do outro lado do lago, o encontram. Ficaram surpreendidos com a sua presença ali, e lhe perguntam: «Rabi, quando chegaste aqui?» (Jo 6,25). A realidade é que as pessoas não sabiam que Jesus havia caminhado em cima das águas milagrosamente e ,Jesus não dá respostas diretas às perguntas que lhe fazem.
Que direção e que esforço nos levam a encontrar a Jesus verdadeiramente? Nos responde o próprio Senhor: «Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois a este, “Deus Pai o assinalou com seu selo» (Jo 6,27).

Atrás de tudo isso continua estando a multiplicação dos pães, sinal da generosidade divina. As pessoas insistem e continuam perguntando: «Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?» (Jo 6,28). «A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou» (Jo 6,29).
Jesus não pede uma multiplicação de obras boas, e sim que cada um tenha fé naquele que Deus Pai enviou. Porque com fé, o homem realiza a obra de Deus. Por isso designou a mesma fé como obra. Em Maria temos o melhor modelo de amor manifestado em obras de fé.

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domingo, 19 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 19 DE ABRIL DE 2015

Evangelho Lucas 24,35-48 


Naquele tempo, 35os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.
40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava con­vosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”.

REFLEXÃO – Frei Alberto Pegoraro


Mais uma vez Lucas apresenta onde Jesus apareceu depois da ressurreição. Desta vez enquanto os discípulos estavam reunidos e ouviam dos discípulos de Emaus o relato da aparição de Jesus conforme vimos no evangelho de ontem quando de repente Jesus aparece também para eles mostrando que a ressurreição não era uma ilusão e nem mentira como afirmavam os Mestres da Lei. Os discípulos estavam com medo e perturbados e Jesus mostra que conhecia aquela situação e vai procurar animá-los mostrando que venceu mesmo a morte. Os discípulos ainda não entendiam o que tinha acontecido e Jesus vai abrir-lhes a mente e o coração. A missão dos discípulos agora é serem testemunhas de Jesus, dar testemunho do fato, do ocorrido e mostrar que Jesus venceu mesmo a morte e que isso é possível para todos que acreditam. Vencer a morte é uma obrigação de quem acredita em Jesus. Os sinais de morte estão por todos os lados e nós não podemos deixar de fazer alguma coisa para diminuir o sofrimento de milhares de pessoas. Jesus não quer como espectadores, mas como atores da ressurreição no mundo.

sábado, 18 de abril de 2015

AVISOS PAROQUIAIS DA SEMANA

1)               CAMPANHA NACIONAL DE DOAÇÃO DE SANGUE -> Doar Sangue é doar Vida! . A pastoral  da saúde Nacional realiza a Campanha Abril Solidário que visa atender a grande necessidade de sangue nos hospitais. O numero de doadores te diminuído e os problemas aumentados.  Doar sangue é ajudar como obra de misericórdia em momentos difíceis como atendimento não previsto, acidentes de transito, cirurgias inesperadas , etc. Queremos lembrar que nem todos podem doar sangue. Se você quiser ser solidário com essa campanha favor retirar no plantão do dízimo o folheto explicativo.

2)               CURSO PARA PÁLESTRANTES DO ECC -> O ECC esta convidando todos os casais que fizeram o ECC para o curso de formação para palestrante que vai acontecer no dia 26 de abril. Maiores informações na secretaria paroquial.

3)               PERSEVERANÇA -> Estão abertas inscrições para adolescentes que fizeram a primeira comunhão para integrarem o grupo de perseverança da paróquia. Favor entrar em contato com a secretaria paroquial.


4)               RIFA PARA COMPRA DE CADEIRAS PARA O SALÃO PAROQUIAL -> A Dona Clara com sua grande equipe esta realizando uma rifa de duas Bíblias ilustradas no valor de 450,00 cada mais 03 imagens de nossa Senhora Aparecida visando a compra de pelos menos 46 cadeiras. Frei Alberto já encomendou 110 cadeiras e se alguém puder ajudá-lo favor entrar em contato com ele. O salão Paroquial é o terceiro espaço a ser recriado e reformado. Ajude-nos.

EVANGELHO DO DIA 18 DE ABRIL DE 2015

Evangelho (Jn 6,16-21): Ao anoitecer, os discípulos desceram para a beira-mar. Entraram no barco e foram na direção de Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo a eles. Soprava um vento forte, e o mar estava agitado. Os discípulos tinham remado uns cinco quilômetros, quando avistaram Jesus andando sobre as águas e aproximando-se do barco. E ficaram com medo. Jesus, porém, lhes disse: «Sou eu. Não tenhais medo!». Eles queriam receber Jesus no barco, mas logo o barco atingiu a terra para onde estavam indo.
Comentário: Rev. D. Vicenç GUINOT i Gómez (Sitges, Barcelona, Espanha)
Sou eu.Não tenhais medo!
Hoje, Jesus nos desconcerta. Acostumávamos-nos a um Redentor que, disposto a atender todo tipo de indigência humana, não duvidava em recorrer ao seu poder divino. De fato, a ação transcorre justo após a multiplicação dos pães e peixes, a favor da multidão faminta. Agora, ao contrário, nos perturba um milagre —o fato de andar sobre as águas— que parece, à primeira vista, uma ação de cara à galeria. Mas não!, Jesus já descartara fazer uso do seu poder divino para buscar sobressair ou o benefício próprio quando, ao inicio da sua missão, rejeitou as tentações do Maligno.

Ao andar sobre as águas, Jesus Cristo está mostrando seu senhorio sobre as coisas criadas. Mas também podemos ver uma encenação do seu domínio sobre o Maligno, representado por um mar embravecido na escuridão.

«Não tenhais medo» (Jo 6,20), dizia-lhes Jesus naquela ocasião. «Mas tende coragem! eu venci o mundo» (Jo 16,33), lhes dirá depois, no Cenáculo. Finalmente, é Jesus quem diz às mulheres na manhã da Páscoa, depois de se levantar do sepulcro: «Não tenhais medo». Nós, pelo testemunho dos Apóstolos, sabemos de sua vitória sobre os inimigos do homem, o pecado e a morte. Por isso, hoje, suas palavras ressoam em nossos corações com força especial, porque são as palavras de Alguém que está vivo.

As mesmas palavras que Jesus dirigia a Pedro e aos Apóstolos, as repetia João Paulo II, sucessor de Pedro, ao início do seu pontificado: «Não tenhais medo». Era um chamado para abrir o coração, a própria existência, ao Redentor, para que, com Ele, não temamos diante dos embates dos inimigos de Cristo.

Diante à própria fragilidade para levar a bom porto as missões que o Senhor nos pede (uma vocação, um projeto apostólico, um serviço...), nos consola saber que Maria também —criatura como nós— ouviu as mesmas palavras de parte do anjo, antes de enfrentar a missão que o Senhor tinha-lhe encomendado. Aprendamos dela, acolher o convite de Jesus a cada dia, em cada circunstância.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 09 DE ABRIL

Evangelho Lucas 24,35-48 

Naquele tempo, 35os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.
40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava con­vosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”.

REFLEXÃO – Frei Alberto Pegoraro


Mais uma vez Lucas apresenta onde Jesus apareceu depois da ressurreição. Desta vez enquanto os discípulos estavam reunidos e ouviam dos discípulos de Emaus o relato da aparição de Jesus conforme vimos no evangelho de ontem quando de repente Jesus aparece também para eles mostrando que a ressurreição não era uma ilusão e nem mentira como afirmavam os Mestres da Lei. Os discípulos estavam com medo e perturbados e Jesus mostra que conhecia aquela situação e vai procurar animá-los mostrando que venceu mesmo a morte. Os discípulos ainda não entendiam o que tinha acontecido e Jesus vai abrir-lhes a mente e o coração. A missão dos discípulos agora é serem testemunhas de Jesus, dar testemunho do fato, do ocorrido e mostrar que Jesus venceu mesmo a morte e que isso é possível para todos que acreditam. Vencer a morte é uma obrigação de quem acredita em Jesus. Os sinais de morte estão por todos os lados e nós não podemos deixar de fazer alguma coisa para diminuir o sofrimento de milhares de pessoas. Jesus não quer como espectadores, mas como atores da ressurreição no mundo.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

EVANGELHO DO DIA 08 DE ABRIL

Fica conosco


Evangelho, o Peregrino aponta aos DISCÍPULOS DE EMAÚS
o caminho para reconhecer o Cristo Ressuscitado. (Lc 24,13-35)

- Os DISCÍPULOS estão tristes, desanimados, decepcionados, frustrados...
  abandonam a Comunidade e voltam para casa, dispostos a esquecer o sonho.
  Aguardavam um Messias glorioso, um Rei poderoso, um Vencedor e
  encontram-se diante de um derrotado, que tinha morrido na cruz.

- Aparece um PEREGRINO, que caminha com eles...
   e começam a falar do assunto do momento:
   JESUS, Profeta poderoso em obras e palavras,
   diante de Deus e dos homens, mas que teve um fim inesperado...

- O Peregrino interpreta as ESCRITURAS, que falam do Messias...
  Eles escutam com interesse... e seus corações começam a "arder".

- No final da tarde, os discípulos chegam em casa
  e fazem um CONVITE"Fica conosco".
  Querem prolongar a agradável companhia.
  Após ter acolhido a PALAVRA do  Peregrino,
  lhe oferecem HOSPEDAGEM em sua casa...  e Ele aceita... 
  não apenas para "passar a noite", mas para "ficar com eles".

- À mesa: UM GESTO CONHECIDO:
  o mesmo gesto da última ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia.
  Os olhos se abrem e reconhecem o Ressuscitado...
  A Palavra faz "arder" o coração, a fração do Pão faz "abrir os olhos".
  E Cristo desaparece... porque agora a Comunidade
  já possui os sinais concretos de sua presença:
a sua Palavra e o Pão partilhado...
Mesmo invisível aos olhos, o Senhor está e permanecerá presente.
Agora é só Testemunhar.

- E PARTEM LOGO para anunciar a descoberta aos irmãos
  e, junto com eles, proclamam a fé: "O Senhor ressuscitou."
  A Proclamação da alegria pascal não pode esperar o dia amanhecer...
  A escuta atenta da Palavra e o repartir do pão abre os olhos e
impulsiona para a MISSÃO.

Cristo continua hoje companheiro de caminhada

Onde encontrar o Ressuscitado?
O episódio de Emaús nos aponta o caminho:

- Na PALAVRA DE DEUS, escutada, meditada, partilhada, acolhida,
Jesus nos indica caminhos, nos aponta novas perspectivas,
nos dá a coragem de continuar, depois de nossos fracassos.
Acolhem a Palavra do Peregrino e lhe oferecem hospedagem em sua casa.

NA PARTILHA DO PÃO EUCARÍSTICO.
A narração apresenta o esquema da Missa: Liturgia da Palavra e do Pão.
É na celebração comunitária da Eucaristia, que nós fazemos
a experiência do encontro pessoal com Jesus vivo e ressuscitado.

Na COMUNIDADE:
A Comunidade sempre foi e continua sendo o lugar privilegiado do encontro...
(Experiência dos discípulos... e de Tomé...)

O Caminho de Emaús
Muitas vezes, também nós andamos pelos caminhos da vida,
"tristes"... cansados e desiludidos...
Caíram os nossos castelos e a vida parece ter perdido sentido.
Esperávamos tanto... mas tudo terminou...
(quem sabe lá... a morte de um parente amigo,
um fracasso em nossos empreendimentos... a família desunida...)
É triste quando a esperança morre... Parece nada mais ter sentido.
Somos tentados a abandonar a luta e voltar...

Eles estavam angustiados por aquilo que aconteceu em Jerusalém.
Mas, na medida em que participaram
da celebração da Palavra e do banquete da Fração do pão,
o interior deles se abriu à luz, a vida do Ressuscitado
invadiu seus corações e os fez voltar à Comunidade.

Nesses momentos, mais do que nunca, como os dois discípulos,
necessitamos do Peregrino de Emaús:
"Fica conosco, Senhor".



                                 Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa