sábado, 30 de novembro de 2013

6500 VISUALIZAÇÕES

Como fazemos sempre, queremos agradecer a confiança depositada a este blog. Hoje estamos chegando a 6500 visualizações. O importante não é o numero mas a aceitação. Mais uma vez muito obrigado pela confiança. 

RETIRO PARA JOVENS - OU SANTO O NADA

A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, a SIM e o Setor Juventude estão realizando hoje no Centro de Evangelização Mãe da Divina Misericórdia em Dracena, o Retiro para jovem pós-jornada da Juventude com a participação de mais ou menos 250 jovens de todas as comunidades da paróquia Nossa Senhora Aparecida, jovens do crisma, e grupos de jovens ou jovens que pretendem participar de algum movimento da juventude. COM O LEMA "OU SANTO OU NADA"  E O TEMA "SEDE SANTOS, ASSIM COMO VOSSO PAI CELESTE É SANTO" , os jovens estarão participando neste sábado e domingo com palestras, orações e muito canto. Estive no local do Retiro e pude ver a alegria dos jovens o que vem reforçar as Palavras do Santo Padre o Papa Francisco de que os jovens estão sedentos da Palavra de Deus e de espaços onde podem vivenciar a sua fé. Esta de parabéns toda a equipe que preparou esse retiro e desejamos em nome da Paróquia que mais jovens possam ouvir esse apelo. A Paróquia Nossa Senhora Aparecida vem reforçar o objetivo que é unir os jovens de todos os grupos, pastorais e movimentos da cidade . O Tema do retiro esta sendo iluminado pelo evangelho de Mateus. 

VEJA ABAIXO ALGUMAS FOTOS DO RETIRO











FOTOS FREI ALBERTO

EVANGELHO DO DIA 30 DE NOVEMBRO

PALAVRA   DE   SALVAÇÃO
EVANGELHO DE MATEUS 4,18-22
Caminhando à beira do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam jogando as redes ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse-lhes: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Prosseguindo adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam no barco, com seu pai Zebedeu, consertando as redes. Ele os chamou. Deixando imediatamente o barco e o pai, eles o seguiram.

ORAÇÃO INICIAL
Vinde,  Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação. Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor. Amém!

ENCONTRAMOS NO EVANGELHO DE HOJE...
1)              Jesus chamando seus primeiros discípulos.
2) Eles eram pescadores, portanto pessoas trabalhadoras e simples
3)        Eles se sentem felizes pelo convite e largam tudo para seguir Jesus.

MEDITAÇÃO
Hoje  Jesus chama seus primeiros discípulos: Simão e André e depois chama Tiago e seu irmão João filhos de Zebedeu. Nos quatro chamados vemos uma ação de Jesus e uma reação imediata dos vocacionados.  O chamado não era para assumir qualquer poder mas para serem pescadores de homens.Sempre gostei desse evangelho porque ele tem algo de imediato, pois o Reino não pode esperar, ou seja, Jesus os vê, faz o convite, eles ouvem e imediatamente deixam o que estão fazendo para segui-lo. Ha algumas considerações para se fazer : Em primeiro lugar mostra Jesus fazendo um chamado aberto, para todos, inclusive pescadores, pessoas simples e humildes, sem muito para oferecer materialmente, a não ser o seu trabalho.  Esse chamado de Jesus pode ser visto como um presente hoje quando vemos milhares de pessoas ouvindo Jesus e querendo  segui-lo. Esta bem dentro das propostas do Documento de Aparecida e do Documento 94 e não posso me esquecer que é uma exigência do Plano de Pastoral de tantas Dioceses como também é da nossa de Marília. Mais do que nunca é uma exigência do Reino manifestada incessantemente por Jesus. Por outro lado também existe uma máxima do ser humano que é não seguir quem ele não conhece. É claro que existem exceções, mas mesmo assim o evangelho de hoje me da uma certa  tranqüilidade em poder  reforçar a ideia de que só segue Jesus quem o conhece primeiro. André, Simão, Tiago, João para mim são figuras que representam os anseios de pessoas que querem algo de novo e se permitem buscar o novo, mesmo que o novo os destabilizem, os fazem sair da vida que levavam. Para mim eles  com certeza já conheciam Jesus e sabiam da beleza e importância de tudo o que ele pregava e só estavam aguardando o convite. É uma proposta atual que também se torna um convite para todos nós. Largar o que estamos fazendo para seguir o mestre, mas esse seguimento deve começar aqui bem pertinho de nós, indo ao encontro daqueles que estão afastados. As vezes um convite pode mudar a vida de uma pessoa. Jesus respeita a decisão de cada um, mas o projeto do Reino tem pressa.

O EVANGELHO ME FAZ REZAR
Meu Deus e Senhor, Rei do Universo, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, abri meu coração para a sua vontade e minha boca para anunciá-la em todos os lugares. Amém
Frei Alberto

SOBRE O PLANO DIOCESANO DE PASTORAL

http://paroquiaemmovimento.blogspot.com.br/2013/11/plano-diocesano-de-pastoral.html

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

CONHEÇA O PLANO DIOCESANO DE PASTORAL DA DIOCESE DE MARILIA

Estamos aos poucos passando para este blog o plano Diocesano de Pastoral. A nossa proposta é levar á todos o conteúdo do Plano para ajudar na divulgação, mas isso não substitui o livrinho do plano que você pode adquirir na sua paróquia. . Já  fizemos algumas inserções no blog, e esperamos que até a próxima semana você poderá ter o plano todo no nosso blog. Confira o que já foi feito clicando abaixo.

ASSEMBLEIA DO GRUPO VIDA

Nesta sexta feira dia 29 de novembro o Grupo Vida esteve reunido em assembléia na comunidade Sagrado Coração de Jesus. Muitos integrantes do grupo estiveram reunidos e a assembléia foi dirigida pelo pároco Frei Alberto. Frei Alberto acolheu a todos e explicou a importância de se fazer uma assembléia não somente para eleger os novos coordenadores mas para se fazer uma avaliação dos trabalhos realizados pelo grupo nos dois últimos anos. Logo após a oração começaram-se os trabalhos. Frei Alberto colocou para o Grupo três perguntas que deveriam ser respondidos em quatro grupos menores. 
1) NESTES DOIS ANOS, O QUE PODERIA SER FEITO NO GRUPO VIDA E QUE NÃO FOI REALIZADO?
2) O QUE FOI REALIZADO PELO GRUPO VIDA
3) O QUE GOSTARIAM DE REALIZAR NOS ANOS DE 2014 E 2015?

Os subgrupos se reuniram e responderam a todas as perguntas que foram lidas em plenário e algumas delas discutidas. Depois do plenário Frei Alberto explicou a importância em se escolher bem o coordenador e o vice coordenador e suas funções. 
A eleição foi feita com muita tranquilidade e foram eleitos: Fabiano como coordenador e o Carlos como vice para os próximos dois anos.
No final Frei Alberto entregou para a nova coordenação as respostas dos grupos para serem analisadas numa próxima ruenião que vai acontecer ainda este ano.
Veja abaixo algumas fotos deste importante evento da paróquia
















MISSA DE AÇÃO DE GRAÇAS NA IGREJA MATRIZ

CELEBRADA A MISSA PELO DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS

Nesta quinta-feira, na Igreja Matriz, foi celebrada a missa para marcar o  Dia de Ação de Graças. A celebração foi conduzida pelo frei Alberto Pegoraro com a participação de todas as comunidades. Houve a entrada das imagens dos padroeiros das comunidades da paróquia. Na homilia, frei Alberto destacou que agradecer a Deus é um ensinamento Bíblico que vemos por exemplo nos milagres de jesus quando devolve a visão para um cego, quando chama Mateus o cobrador de Impostos para a conversão e tantos outros momentos, e até mesmo Jesus no Evangelho da festa de ontem, louva à Deus por ter manifestado seus ensinamentos aos pequeninos que haviam acabado de chegar da missão. Outro ponto meditado pelo Frei foi a importância de olharmos para  os nossos trabalhos realizados na Paróquia e Render Graças à Deus pois cada um faz aquilo que esta ao seu alcance. A abertura do presépio ficou para a missa das 9h30 do próximo domingo. Veja imagens da missa.








NOTICIA E FOTOS - BASTIDORES DA NOTICIA DRACENA

PRIMEIRO PLANO DIOCESANO DE PASTORAL - DIOCESE DE MARILIA



PRIMEIRO
 PLANO DIOCESANO 
DE
 PASTORAL

Elaborado após consulta dos padres, religiosos e religiosas, seminaristas, leigos e leigas da diocese e aprovado no Trigésimo Encontro de Agentes de Pastoral da Diocese de Marília e na Assembléia dos Presbíteros de 2013



A elaboração deste texto foi coordenado pelo Pe. Ademílson Luiz Ferreira  que contou com uma equipe de padres, religiosos e religiosas, leigos e leigas das três Regiões Pastorais da Diocese de Marília - SP.

Equipe de Elaboração do Plano

Padres : Ademílson Luiz Ferreira ( coordenador da equipe)
                Carlos Roberto dos Santos(coordenador diocesano de
                pastoral)
                José Ferreira Domingos
                Valdemar Cardoso
                Mauricio Pereira Sevilha

Leigos :   Antonio Vieira (secretario da equipe)
                Terezinha de Souza e Silva
                Odair Luiz Sacoman
                Isabel Terto dos Santos Rebeque
                Márcia Welter ( revisão de texto)

Consagrados :  Comunidade Alpha e Ômega

Religiosas :  Ir. Walmi T. Lauermann
                     Ir. Hermínia Genaro


Toda esta obra, integral ou parcial, pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e / ou quaisquer meios (eletrônico ou mecânico), incluindo fotocópias ou gravações desde que utilizado para assuntos pastorais.


Produzido pelo
CENTRO DIOCESANO DE PASTORAL
Diocese de Marília
Rua José Bonifácio, 380 - 17509-004 - Marília - SP
Fone (14) 34213-3124 - Fax (14) 3413-2906 - Net 3301-4124
e-mail : cdp@diocesedemarilia.org.br



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SUMARIO

7Palavra de Dom Luiz Antonio Cipolini 
9 - Apresentação
11 - Introdução

PRIMEIRA PARTE 

Fundamentação do Plano Diocesano de Pastoral

14 - Contexto da Elaboração do Plano de Pastoral
15 - Fundamentação Histórica
15 - História do Planejamento Pastoral no Brasil
17 - História do Planejamento Pastoral na Diocese de Marília
20 - Fundamentação Teológico-Pastoral
20 - Eclesiologia de Comunhão e Teologia da Igreja como Poro de 
Deus ( Concílio Vaticano II)
21 - Planejamento Pastoral e Pastoral de Conjunto
23 - Distinção entre planejamento, plano, programa e projeto



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SEGUNDA PARTE
O plano Diocesano de Pastoral

25 - Objetivo Geral
25 - Objetivos Específicos

26 - Programa 1 - Igreja em estado permanente de missão
29 - Programa 2 - Igreja casa de iniciação cristã
31 - Igreja - lugar de animação da vida e da Pastoral
33 - Programa 4 - Igreja: comunidade de comunidades
36 - Programa 5 - Igreja a serviço da vida plena para todos
38 - Conclusão
40 - Anexo 1 - Projeto Paróquia irmã
42 - Anexo 02 - Projeto Santas missões na paróquia
46 - Anexo 03 - Projeto Pastoral Carcerária 



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PALAVRA DE DOM LUIZ ANTONIO CIPOLINI

" Quem é Apolo?  Quem é Paulo ? Apenas servidores
através dos quais vocês foram levados à fé;
cada um deles agiu conforme os dons que o Senhor
lhes concedeu, Eu plantei, Apolo regou, mas era 
Deus que fazia crescer" (1 Cor 3,5-6)


Caros irmãos e irmãs,

O primeiro Plano Diocesano de Pastoral nasceu do encontro e do diálogo de tantos agentes de pastoral. Este diálogo em mutirão foi realizado através da coordenação do Pe. Ademílson Luiz Ferreira e a supervisão de Dom Osvaldo Giuntini. 

Porém, agora cabe a nós, bispo, clero, religiosos, religiosas, leigos e leigas, fazê-lo frutificar, através de nosso querer e agir.
Precisamos arregaçar as mangas, pois como nos adverte o Papa Francisco : "sabemos que existe a tentação de ficarmos paralisados, pelo medo que, às vezes, se fantasia de timidez e cálculo realista e, em outros casos, de repetição rotineira" 1   Mas também sabemos que a eficácia na evangelização não vem apenas de nosso esforço pessoal e comunitário, mas principalmente de Deus, que nos concede as aptidões e capacidades para realizá-la.
Estou convencido de que o Plano Diocesano de Pastoral, colocado em prática poderá unir nossas três Regiões Pastorais, num só compromisso de fé em Jesus, e nos ajudar a continuar no mundo, sua ação salvadora.
__________________________
1 - Anunciar o Evangelho, p. 38



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Que nosso padroeiro, o Apóstolo São Pedro, interceda por nós e nos alcance a audácia apostólica, audácia forte e fervorosa do Espírito.
Confio a acolhida e realização deste plano à proteção maternal de Nossa Senhora Aparecida e concedo a todos a minha amizade e minha benção.
Dado em 24 de novembro de 2013, 38 Assembléia da Diocese de Marília na Solenidade de Cristo Rei do Universo.

+ Luiz Antonio Cipolini
Bispo de Marília



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APRESENTAÇÃO
Com satisfação, apresento o primeiro Plano Diocesano de Pastoral da Diocese de Marília, que terá duração maior de 2014 a 2016. É um plano que levou em conta  a realidade diocesana à luz das orientações pastorais da Conferência  Nacional dos Bispos do Brasil e do Regional Sul 1, que também se inspiraram nas Conferências Latino-Americanas e nos Sínodos. Tudo isso a partir do Concilio Ecumênico Vaticano II, que urgiu a necessidade da renovação das pastorais, com as devidas atualizações.
Nosso plano de Pastoral está bem elaborado a fim de renovar a pastoral diocesana nas comunidades paroquiais, nas diversas pastorais e movimentos, exigindo acolhimento necessário da parte dos presbíteros diocesanos, religiosos, leigos e leigas -atuantes e conscientes de sua necessidade renovadora - , para que a diocese esteja pastoralmente atualizada.
É um plano para a igreja Particular de Marília, que tem a missão de evangelizar todas as pessoas aqui residentes, respeitando a liberdade de cada um. A ação apostólica na Região da Alta Paulista enfrenta desafios a serem respondidos pela Igreja, como : o naturalismo que rejeita a visão cristã da vida humana, infiltrando-se nas famílias, nas escolas, na vida social e politica. Desafios também são a questão do trabalho, a gritante diferença das classes sociais, a situação das periferias que nos cercam, a grande população carcerária, e as drogas e suas consequências que atingem, de modo particular, os jovens. É uma visão realista misturada com muitos aspectos positivos das iniciativas da Igreja e da sociedade.



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Continuadora da missão de Cristo, a Igreja participa de sua tríplice missão: santificadora, sacerdotal e profética. A paróquia encarna esta missão e, por isso, é chamada a ser comunidade de fé, de culto e de caridade.
O presente Plano de Pastoral apresenta a fundamentação histórica, que ajuda a descobrir suas raízes a partir do Plano de Emergência que teve muita importância na renovação pastoral. Nosso Plano leva em consideração a mudança de época e aponta o caminho a percorrer segundo as cinco urgências pastorais: Igreja em estado permanente de missão; Igreja casa de iniciação à vida cristã; Igreja lugar de animação bíblica da vida pastoral; Igreja comunidade de comunidades; e Igreja a serviço da vida plena para todos.
A leitura atenta do Plano mostra o caminho a ser percorrido urgindo a necessidade de abraçá-lo. Deste modo, recomendo seu estudo atento junto aos conselhos paroquiais, às pastorais e movimentos, a fim de incrementar a unidade e comunhão da nossa Igreja.
A diocese vive um momento de graças e bençãos com a acolhida ao novo bispo diocesano, eleito pelo Papa Francisco. Trata-se de Dom Luiz Antonio Cipolini, que assumiu a Diocese no dia 4 de agosto e traz consigo suas expectativas enriquecedoras.

+ Osvaldo Giuntini
Bispo Emérito de Marília



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INTRODUÇÃO
O projeto pastoral da Diocese, caminho de pastoral orgânica deve ser resposta consciente e eficaz para atender às exigências do mundo de hoje com "indicações programáticas concretas, objetivos e métodos de trabalho, formação e valorização dos agentes  e a procura dos meios necessários que permitam que o anúncio de Cristo chegue às pessoas, modele as comunidades e incida profundamente na sociedade e na cultura, mediante o testemunho dos valores  evangélicos". Os leigos devem participar do discernimento, da tomada de decisões, do planejamento e da execução. Esse projeto diocesano exige acompanhamento constante  por parte do bispo, dos sacerdotes e dos agentes pastorais,  com atitude flexível que lhes permita manter-se atentos às  exigências da realidade sempre mutável (DAp.371).

A necessidade de preparar um Plano Diocesano de Pastoral (PDP) para a Diocese de Marília foi amadurecendo aos poucos. A Diocese fez várias experiências pastorais, tais como a escolha de prioridades e destaques, para motivar uma caminhada pastoral harmônica. Nestes últimos tempos, houve a necessidade de preparar um Plano mais abrangente, que ordenasse, por um período mais longo, toda a ação pastoral em nossa diocese.


A elaboração deste Plano Diocesano de Pastoral começou por indicação de Dom Osvaldo Giuntini, após ter ouvido as preocupações e necessidades da Coordenação de Pastoral. Em toda sua elaboração, o PDP seguiu as orientações do Magistério da Igreja: Concilio Vaticano II, Conferência de Aparecida e as atuais  Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.


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A partir de um questionário, enviado ao povo de Deus (padres, religiosos, seminaristas e leigos), fez-s um levantamento dos reais problemas e necessidades enfrentados na ação pastoral em todo o território diocesano. A equipe que coordenou a elaboração do PDP fez várias reuniões para estudar com profundidade estas sugestões e, a partir delas, apresentou um anteprojeto na Assembléia Diocesana de 2012, com o objetivo de nos adaptarmos às Cinco Urgências Pastorais propostas pela CNBB nas GGAE 2011-2015. Este anteprojeto foi enriquecido por muitas e excelentes sugestões e se tornou o Projeto do PDP, que foi apresentando e aprovado, com algumas ressalvas, no 30 Encontro de Agentes de Pastoral e na Assembléia dos Presbíteros de 2013.

Na primeira parte, a redação do PDP contextualiza a sua necessidade e apresenta fundamentação histórica, teológica e pastoral.  A fundamentação histórica aborda o Planejamento Pastoral no Brasil e na Diocese de Marília. A fundamentação teológico-pastoral divide-se em duas partes: a eclesiologia de comunhão do Concílio Vaticano II e a distinção prática entre planejamento, plano, programa e projeto.A segunda parte apresenta o Plano propriamente dito, dividido em cinco programas, correspondentes às cinco urgências pastorais: 1. Igreja em estado permanente de missão ; 2. Igreja: casa de iniciação à vida cristã; 3. Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; 4. Igreja: comunidade de comunidades e 5. Igreja a serviço da vida plena para todos. Cada programa subdivide-se em vários projetos pastorais. A conclusão indica estratégias de recepção e aplicação do PDP. No final, o texto inclui anexos referentes a três projetos. 
Assim, o PDP nasce da necessidade de uma "conversão pastoral", visando à comunhão em toda a ação pastoral na diocese. Aponta orientações pastorais que correspondem aos desafios e às necessidades da cultura de nosso tempo, considerando a mudança de época apontada no Documento de Aparecida.

     O lugar   privilegiado   onde     esses projetos podem se tornar         realidade é, sem sombra de dúvidas, a comunidade eclesial , ou


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seja, a paróquia. Portanto, podem ser realizadas em qualquer paróquia da diocese, de acordo com sua realidade.

Bem executados, esses projetos revigoram física e espiritualmente as pessoas, em uma experiência concreta com Jesus Cristo. Em sua maior parte, os projetos estão direcionados à paróquia, como a grande escola da fé, da oração e da missão evangelizadora confiada por Jesus Cristo. Esta missão consiste em transmitir os valores e os costumes cristãos à geração atual.

Não podemos deixar de agradecer a Deus pelos frutos do nosso trabalho, a todos que colaboraram na preparação deste subsidio, que norteará a ação pastoral em nossa diocese de 2014-2016, e, de maneira especial, ao Pe. Ademílson Luiz Ferreira por todo seu empenho na elaboração deste primeiro Plano Diocesano de Pastoral .

Pe. Carlos Roberto dos Santos
Coordenador Diocesano de Pastoral



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PRIMEIRA PARTE

Fundamentação do Plano Diocesano de Pastoral

1. Contexto da elaboração do Plano de Pastoral


Este primeiro Plano Diocesano de Pastoral procura responder aos apelos lançados pela V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida (2007), e às orientações das atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2011-2015)

O atual momento eclesial exige uma Ação Evangelizadora ousada e eficaz. Motivados pelo cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II ( 1962-1965 ) e pelos 60 anos de caminhada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil 2  (criada em 1952), e inspirados na eclesiologia conciliar de comunhão e na ampla participação de todo o povo de Deus na Ação Evangelizadora (Puebla), empenhamo-nos num processo de planejamento pastoral, almejando a otimização de nossa evangelização.

O Ano da Fé,  proclamado pelo Papa Bento XVI, a celebração dos 20 anos do Catecismo da Igreja Católica e o Sínodo sobre a Nova Evangelização (2012) nos impulsionam a buscar uma melhor transmissão da fé às próximas gerações.

As urgências pastorais, propostas pelas DGAE 2011-2015, constituem a "espinha dorsal" deste Plano de Pastoral. Assim, vivendo em permanete estado de missão, no propósito de fazer de nossa diocese verdadeira casa de iniciação à vida cristã e lugar de animação bíblica da vida e da pastoral, 
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2. No ano de 2012 também celebramos os 60 anos da Diocese de Marilia



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desejamos uma igreja que seja comunidade de comunidades a serviço da vida plena para todos (cf. Jo 10,10)

2. Fundamentação Histórica

2.1 História do Planejamento Pastoral no Brasil

A história do Planejamento Pastoral no Brasil encontra-se profundamente vinculada à história da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) - criada em 1952 - e aos primeiros Planos de Pastoral : Plano de Emergência (PE-1962) e Plano de Pastoral de Conjunto (PPC-1970).

No período anterior à criação da CNBB, as organizações e articulações do episcopado se faziam de maneira episódica, sob a liderança de alguma figura de destaque, repercutindo, porém, na vida eclesial do país. Destacavam-se personagens importantes, como Dom Macedo Costa, bispo do Pará e depois arcebispo de Salvador (primaz do Brasil), responsável pela primeira reunião do episcopado brasileiro (1890). Após a celebração do Concílio Plenário Latino-Americano em 1899, articularam-se as reuniões das dus Províncias Eclesiásticas existentes no Brasil (Bahia e Rio de Janeiro). Depois de Dom Macedo, destacou-se Dom Sebastião Leme, arcebispo de Olinda e Recife e depois cardeal do Rio de Janeiro( na época , capital federal).

Manifestações de massa, como por ocasião da recepção da imagem de Nossa Senhora Aparecida, da inauguração do Cristo Redentor (1931) e os Congressos Eucarísticos nacionais, proporcionaram momentos importantes de encontro do episcopado brasileiro e de reuniões pastorais.


Na década de 50, a Igreja participou do debate nacional acerca do desenvolvimento do Nordeste e da Amazônia.. Destaca-se a figura de Dom Helder Câmara. Após a criação da CNBB, continuou-se a promover reuniões regionais, crescendo   o   interesse do episcopado


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pelas questões sociais.

Entre os leigos, destacava-se a Ação Católica, importante força do laicato brasileiro na dinamização  pastoral. Sua organização precede e inspira as divisões internas da CNBB. Seus leigos constituem a primeira equipe de assessores da Conferência Episcopal Brasileira.

Em 14 de outubro de 1952, por meio da atuação determinante de Dom Helder Câmara, reunindo em torno de si pessoas de base e de cúpula, nascia a CNBB, tornando-se a grande articuladora da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

Em 1954, surgiu a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e no ano de 1955 nasceu o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM). A criação do CELAM 3  inseriu a CNBB no contexto continental, proporcionando melhor relacionamento com outros episcopados.

No início do pontificado de João XXIII (11/11/1958), o Santo Padre, recebendo os membros do CELAM, lançou apelo em prol da renovação e planificação pastoral do continente. Reforçou o convite três anos mais tarde, em 1961. O Brasil procurou responder ao apelo do Papa, por meio de um plano "emergencial" de pastoral, chamado Plano de Emergência (PE), aprovado na V Assembléia da CNBB em 1962, dando início a um grande processo de Planejamento Pastoral.

Entre 1962 e 1965, aconteceu o Concílio Vaticano II. A Igreja recebeu novos ares e se renovou completamente. Os bispos brasileiros sentiram a necessidade de rever sua ação pastoral e evangelizadora.      Nos últimos meses do concílio, ainda em Roma, 

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3. O CELAM foi criado durante a primeira Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, acontecida no Rio de Janeiro em 1955. Após a primeira Conferência, surgiram outras: Medellín - Colômbia (1968), Puebla - México (1979), Santo Domingo - Republica Dominicana (1992) e Aparecida - Brasil (2007). Considerava-se Medellin recepção criativa do Concilio Vaticano II na America Latina . A V Conferência ( Aparecida) orienta as atuais DGAE e o nosso plano de Pastoral.


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na Assembléia Geral Extraordinária da CNBB, recebeu aprovação o Plano de Pastoral de Conjunto (PPC), com vigência prevista para 1966 a 1970. Seu objetivo consistia em "criar meios e condições para que a Igreja do Brasil se ajuste o mais rápida e plenamente possível, à imagem da Igreja do Vaticano II (PPC, p. 29) . O Plano continha diretrizes gerais e um plano nacional de atividades da CNBB.

A partir de 1975, a Igreja do Brasil optou pela elaboração de Diretrizes Gerais 4  e não mais por Planos de Pastoral em âmbito nacional, mantendo somente planos bienais para organismos nacionais. Entretanto, na preparação para o jubileu 2000, elaborou-se um projeto nacional de evangelização: Projeto Rumo ao Novo Milênio (PRNM - 1996-2000). Outros projetos surgiram: Ser Igreja no Novo Milênio (SINM - 2001-2002) 5,  Queremos ver Jesus, Caminho, Verdade e Vida (2004-2007) e o Brasil na Missão Continental (2008). Nesse ínterim, os regionais e as dioceses foram convidados a elaborar projetos ou planos pastorais locais.

Mesmo com alguns projetos nacionais propostos depois do PRNM, a prática da elaboração de Diretrizes Gerais continuou. De maneira geral, apresentavam-se diretrizes gerais para todo o Brasil e orientações para confecção de planos locais. Tanto as atuais DGAE, como a Conferência de Aparecida, recomendam que cada Igreja local (diocese) prepare seu Plano de Pastoral.
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4. Inicialmente intitulavam-se "Diretrizes Gerais da Ação Pastoral" da Igreja no Brasil. Após 1995, passaram a ser chamados "Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora".

5. Continuado em 2003.


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Alguns passos dados merecem ser destacados:
* estruturação do Centro Diocesano de Pastoral, em 1970, com o objetivo de organizar e dinamizar a ação pastoral na Diocese ;
* realização da primeira Assembléia Diocesana em 1975 e reflexão acerca do tema "Planejamento Pastoral na Paróquia";
* realizações  de diversas assembleias diocesanas, que em algumas circunstâncias foram desenvolvidas por Região Pastoral , com tema comum 7 ;
* escolha de prioridades locais em 1976 ;
* celebração do jubileu de Prata da Diocese de Marília em 1977 e elaboração da revista comemorativa "Caminhando, Construímos"
* realização de Assembleias de Presbíteros e Encontros de Agentes de Pastoral;
* escolhas de prioridades ou destaques pastorais em várias assembleias diocesanas;  
* projeto de Revisão Ampla 8  da caminhada pastoral assumida na Assembleia Diocesana de 1992. Naquele ano, também ouve algumas pesquisas e questionários realizados em toda a diocese;
* celebração e concretização da primeira fase da Revisão Ampla na Assembleia Diocesana de 1993.Apresentação de propostas sobre formação, ministérios e presença da Igreja na sociedade urbana;
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6. Em 30 de outubro de 1999, foi inaugurada nova sede do Centro Diocesano de Pastoral, proporcionando melhor organização da ação pastoral diocesana.

7. Aconteceram assembleias de estudos, planejamento e deliberação e também algumas celebrativas.


8. Consistiu num amplo processo de revisão de toda caminhada pastoral da Diocese de Marília. optou-se por um planejamento pastoral envolvendo maior numero de pessoas, grupos, pastorais, movimentos e associações. A programação da revisão Ampla previa encontros de presbíteros e agentes de pastoral, encontros e assembleias paroquiais, regionais e diocesanas, além de pesquisas e questionários em toda a diocese, além de formação e crescimento na fé.



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* restabelecimento do Conselho Diocesano de Pastoral (CDP) no dia 23 de outubro de 1994; um dos frutos da Revisão Ampla;
* escolhas de objetivos diocesanos em sintonia com objetivo geral da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e adaptação da ação pastoral diocesana, de acordo com as seis dimensões pastorais da CNBB em 1995;
* preocupação com a formação dos agentes de pastoral 9;
* sintonia com as diretrizes e projetos nacionais, como o Projeto Rumo ao Novo Milênio e os subsequentes;
* realização de missões ou atividades missionárias, como a Missão popular, por ocasião do Jubileu 2000, as visitas missionárias no jubileu da Diocese (2002) e outras atividades relevantes;
* curso de Teologia para Leigos e Consagrados, presente nas três Regiões Pastorais; iniciado em 2001 em Marília, em 2004 na Região II e 2005 na Região III;
* celebração do jubileu de ouro da Diocese em 2002, lançamento da edição especial da Revista do Jubileu (na Assembléia de 2001), romaria ao Santuário de Aparecida e outras comemorações naquele ano;
* mutirão pela Superação da Miséria e da Fome, lançado em 2002;
* constituição do Fundo Diocesano de Solidariedade em 2004;
* ordenação episcopal do Pe. Paulo roberto Beloto em 2006, um membro do clero diocesano. Em 2010, houve a ordenação episcopal de Frei Irineu Andreassa, religioso franciscano natural de Iacri, que trabalhou na diocese; 
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9. No ano de 1996, a formação esteve presente no objetivo diocesano e foi tema de diversas assembleias e encontros.



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* reorganização da ação pastoral diocesana, a partir das doze comissões pastorais da CNBB, em 2011


Neste mais de 60 anos de história, nossa diocese deu passos importantes, sempre em sintonia com a Igreja no Brasil e com as orientações da Igreja universal. Queremos, agora, dar um passo além, não escolhendo apenas algumas prioridades pastorais, mas adequando toda a nossa Ação Evangelizadora à proposta da CNBB, em sintonia com a Conferência de Aparecida. Neste sentido, elaboramos este Plano de Pastoral, que norteará nossa caminhada evangelizadora nos próximos três anos (2014-2016)


3. Fundamentação teológico-pastoral

3.1. Eclesiologia de Comunhão e Teologia da Igreja como Povo de Deus ( Concilio Vaticano II)

O  primeiro Plano de Pastoral da Diocese de Marília se fundamenta na  eclesiologia de comunhão 10  do Concílio Vaticano II e na ampla participação de todo o povo de Deus na Ação Evangelizadora da Igreja 11 . 

A eclesiologia de comunhão, presente no Vaticano II e retomada  abundantemente pelo Plano de Pastoral de Conjunto, valoriza a realidade da Igreja local, a comunhão dos bispos entre si e com os Bispo de Roma, além da comunhão de todo o povo de Deus na missão  da  Igreja. A vivência  desta   eclesiologia na diocese impul-
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10. No ano de 1995, por ocasião da celebração dos 20 anos de encerramento do Concílio Vaticano II, o Sínodo dos Bispos destacou a eclesiologia de comunhão como tema central no Concilio Vaticano II.

11. Fruto da eclesiologia conciliar e da caminhada da Igreja no Brasil.



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siona a corresponsabilidade de todos na Ação Evangelizadora,. Ela corrige a unilateralidade de uma eclesiologia apenas jurídica e institucional e aponta para uma igreja não reduzida à hierarquia, englobando todas as vocações do povo de Deus, a partir do batismo.

O Concilio Vaticano II  afirma a comum dignidade de todos os filhos de Deus (LG IV, 32c) e compreende o apostolado leigo não apenas como "mera participação no Apostolado da Hierarquia", mas participação própria na missão salvífica da Igreja (LG,33b e AA I), dando um grande passo na valorização de todo o Povo de Deus na Ação Evangelizadora da Igreja. Diversos textos conciliares abordam a realidade do Leigo e seu papel na Igreja e no mundo. O governo da Igreja necessita de sua colaboração  12  . O Concílio Vaticano II prevê, ainda, a necessidade de conselhos pastorais e administrativos na diocese, na paróquia e em outras instâncias da Igreja.


3.2. Planejamento Pastoral e Pastoral de Conjunto

O Plano Diocesano de Pastoral constitui importante instrumento para o Planejamento Pastoral e a Pastoral de conjunto de nossa Diocese.

O Planejamento Pastoral foi assumido na 5a Assembléia da CNBB, que aprovou o Plano de emergência (PE) e se tornou o grande impulsionador da  caminhada  da   Igreja  no  Brasil e a raiz de todos os plano pastorais. Planejar a pastoral significa executá-la de maneira orgânica  e  ordenada,  evitando  improvisos  e  oferecendo
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12. Segundo sua ciência, competência e habilidade, (os leigos) tem o direito e por vezes até o dever de exprimir sua opinião sobre as coisas que se relacionam com o bem da Igreja (LG IV, 37 a) . Devem os sagrados pastores reconhecer e promover "(...) a dignidade e a responsabilidade dos leigos na Igreja" (LG IV , 37c) , utilizando-se de seu prudente conselho.


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coesão à ação da Igreja. O planejamento pastoral participativo evita dois equívocos: a tentação de fazer uso apenas do "senso comum" ou deixar a pastoral entregue a "especialistas". No planejamento, busca-se apoio das diversas ciências humanas, além da teologia, e envolve_se o maior número possível de pessoas na Ação Evangelizadora. Neste sentido, o planejamento requer organização e participação, além de apoio técnico e teológico.

Segundo Raimundo Caramuru de Barros, ex-assessor pastoral da CNBB:


o planejamento pastoral é, pois, o processo pelo qual
a Igreja, consciente do objetivo final do mistério
salvífico, exerce, de maneira ordenada e sistemática,
sob a animação do Espírito e em conformidade com as 
exigências evangélicas, os instrumentos de ação que Cristo lhe confiou para cumprir sua missão de ser sacramento do Reino, até a plena realização dos filhos de Deus  13


Quanto à Pastoral de Conjunto, o canonista, também ex-assessor da CNBB, Gervásio Queiroga, afirma : " será, pois, de conjunto a pastoral que é executada em conjunto, pelo conjunto dos membros da Igreja, visando o conjunto dos homens e de seus problemas, no conjunto das áreas e situações que os condicionam" 14


Embora tenha recebido influência da Igreja de outros países, a Pastoral de Conjunto no Brasil ganhou fiionomia própria, sobretudo a partir do chamado Movimento de Natal 15   e recebeu forte influxo dos primeiros planos de pastoral.
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13. BARROS, Raimundo Caramuru de. Para entender a Igreja no Brasil: a caminhada que culminou no Vaticano II (1930-1968). Petrópolis : Vozes 1994 ( Col. Igreja do Brasil), p. 43

14. QUEIROGA, Gervásio Fernandes de. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil : Comunhão e Corresponsabilidade. São Paulo : Paulinas 1977, p. 368

15. O movimento de natal caracterizou-se pela experiência pastoral de forte cunho social da Arquidiocese de Natal. Sua influência, inicialmente no Nordeste, atingiu todo o país. ele se iniciou com seis padres, dentre eles, o então Pe. Eugênio Sales, por meio de algumas reuniões e iniciativas realizadas na década de 1940.


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A pastoral de conjunto requer a participação de todos os membros do povo de Deus e a comunhão com as diversas instâncias da igreja. Embora na diocese o bispo seja o "coordenador nato e insubstituível da pastoral diocesana" (PPC, p.128), el é auxiliado diretamente pelo Coordenador de Pastoral, pelos Vigários Episcopais e diversos conselhos e organismos diocesanos. Não há Pastoral de Conjunto sem comunhão com o bispo e sem a participação de todo o povo de Deus. Cada qual, a seu modo, colabora com o bom êxito da evangelização.

O Plano de emergência (PE, p.92) considera a teologia do Corpo Místico a raiz teológica da Pastoral de Conjunto. Mesmo antes do Concílio, esta teologia valorizou o aspecto comunitário da Igreja, preparando os passos para a eclesiologia de comunhão do concílioo Vaticano II.

O Planejamento Pastoral e a Pastoral de Conjunto evitam dispersão, isolamento e centralismos, incompatíveis com uma eficaz Ação Evangelizadora. O incentivo à atuação nos conselhos e assembleias constitui espaço ordinário de participação de representantes de todas as categorias de fiéis na Ação Evangelizadora de nossa Igreja particular, favorecendo a comunhão na diocese , sob a autoridade e liderança do bispo diocesano.

4. Distinção entre planejamento, plano, programa e projeto

Para melhor compreensão deste Plano de Pastoral, apresentamos a seguir, a distinção entre planejamento, plano, programa e projeto.


Planejamento   consiste  no  processo  de  reflexão,   tomadas   de decisões e estabelecimento de objetivos e ações. Contempla vários momentos, exigindo tempo e itinerário. "Planejar é pensar a ação antes, durante e depois dela" (DGAE  2011-2015).    Consiste em 

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pensar antecipadamente objetivos e ações, tendo em vista uma finalidade (aonde se quer chegar). O planejamento sujeita-se a um método, uma lógica e não se reduz a alguns "palpites" . Planeja-se e decide-se, no presente, ações que se executarão no futuro, para realizar propósitos pré-estabelecidos. O planejamento objetiva maximizar os resultados e minimizar as deficiências.

O Plano   constitui a sistematização do processo de Planejamento Pastoral, configura o documento escrito ou o registro das decisões e opções tomadas, orientando a prática. O plano organiza e define o melhor procedimento para alcançar os resultados desejados com esse planejamento. Necessita de objetivos geral e específicos. Delineia as decisões de caráter geral da caminhada pastoral da diocese. 

O Programa  agrupa um conjunto de projetos. Não consiste em uma "superposição" de projetos sem nexo entre si, mas configura-se, basicamente, como "aprofundamento" e "setorização" do Plano, a partir de grandes "linhas" ou opções pastorais. Neste Plano de Pastoral  cada programa corresponde a uma urgência da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

O Projeto  configura uma decisão concreta do plano, denro de um programa. Os projetos consistem em ações detalhadas que garantem o alcance dos objetivos de um Plano. Projetar significa lançar para frente. 

Portanto

Planejamento = processo de reflexão, tomadas de decisões e estabelecimento de objetivos e ações. Contempla vários momentos, exige tempo, itinerário e participação de todos na sua elaboração.

Plano = documento escrito, indicando as opções e decisões tomadas. Orienta a prática.

Programa = aprofundamento e setorização do Plano.

Projeto =  decisão concreta do Plano, inserida dentro de um Programa. Ação detalhada que garante o alcance dos objetivos de um plano.

Do geral ao específico -> Plano-Programa-Projeto.
Do específico ao geral -> Projeto-Programa-Plano


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SEGUNDA PARTE
O Plano Diocesano de Pastoral

OBJETIVO GERAL


Diante das mudanças de época em vista de uma melhor transmissão da fé, queremos adequar a Ação Evangelizadora da Diocese de Marília às cinco urgências pastorais 16 da Igreja do Brasil propostas pelas DGAE  2011-2015.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Valorizar os trabalhos existentes em nossas pastorais (diocese, região pastoral e paróquias, pastorais, momentos  associações e serviços) : Iluminá-los a partir das Cinco Urgências da Ação Evangelizadora; E propor ações de adequação.

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16. Este plano Diocesano de Pastoral considera as orientações do Documento de Aparecida, presentes nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015.

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PROGRAMA 1

Igreja em estado permanente de missão 17


Pretende-se "suscitar em cada batizado e em cada forma de organização eclesial uma forte consciência missionária, sem a qual os discípulos missionários não contribuirão efetivamente para o novo que haverá de surgir na história (DGAE  2011-2015 n. 31)


Os projetos deste programa visam lançar a Igreja de Marília no estado permanente de missão, alcançando todo o povo de Deus, especialmente os afastados.

PROJETOS

Acolhida
Ação pastoral fundada na atitude missionária de acolher, juntamente com o "ir ao encontro"

Missões populares
Envolvendo todo o povo de Deus(bispo, padres, religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, seminaristas, leigos e leigas), as Missões Populares objetivam descobrir e valorizar o que há de bom nas pessoas e nas comunidades:
. despertando o gosto pela missão;
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17. Neste Plano Diocesano de Pastoral, cada programa corresponde a uma das Cinco Urgências da Ação Evangelizadora

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. ajudando as pessoas a darem um sentido verdadeiro à própria vida;
. convidando-as a seguirem Jesus, num grande mutirão missionário na paróquia;
. favorecendo o crescimento da caminhada nas pequenas comunidades em qualidade e quantidade;
. promovendo a vivência da comunhão no pluralismo;
. zelando pelo meio ambiente.

Atividades missionárias diversas
. celebração do mês missionário e meses temáticos nas paróquias;
. formação de lideranças para atuarem na Dimensão Missionária;
. missão jovem

Pastoral Urbana
. desenvolver atividades conjuntas em cidades onde existem mais de uma paróquia;
. desenvolver ações pastorais diferenciadas para aqueles que normalmente não atingimos na pastoral paroquial.

Pascom (Pastoral da Comunicação)
. enfrentar os desafios de comunicação de nosso tempo, ampliando e qualificando a evangelização, dentro e fora da Igreja;
. evangelizar os meios de comunicação social(incluindo as mídias digitais), fazendo bom uso deles;
. valorizar os diversos trabalhos da Pascom já existentes em nossa diocese; 
. Incentivar a organização de grupos de Pascom nas paróquias.

Infância Missionária. revitalização ou articulação dos grupos de Infância e Adolescência Missionária(IAM) nas paróquias.

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Serviço de Animação Vocacional
. Criar ou fortalecer o serviço de animação vocacional nas paróquias.

Vida Religiosa e Consagrada
. valorizar a vida religiosa e consagrada como parte integrantge e fundamental na missão da Igreja Diocesana;
. valorizar o trabalho realizado pelos religiosos e religiosas, consagrados e consagradas nas paróquias e nos conselhos paroquiais.

Pastoral Presbiteral
. incentivar a Pastoral Presbiteral como instrumento de comunhão entre o bispo e os padres na diocese;
. estimular a unidade dos presbíteros, sob a orientação do bispo diocesano, em torno das grandes metas evangelizadoras na diocese;
. encaminhar o diaconato permanente.

Paróquias irmãs
. estimular o sentimento de corresponsabilidade em toda a Igreja diocesana;
. sensibilizar as paróquias, com mais recursos humanos e materiais, a se solidarizar com as paróquias menos favorecidas da diocese.

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PROGRAMA  2

Igreja : casa de iniciação à vida cristã

A mudança de época exige que o anúncio de Jesus Cristo não seja mais pressuposto, porém explicitado continuamente. O estado permanente de missão só é possível a partir de uma efetiva iniciação à vida cristã (DGAE 2011-1015 n. 39)
A iniciação cristã não se esgota na preparação  aos sacramentos do Batismo, Crisma e Eucaristia. Ela se refere à adesão a Jesus  Cristo. Esta adesão deve ser feita pela primeira vez, mas refeita, fortalecida e ratificada tantas vezes quantas o cotidiano exigir (n. 41) 18

Os projetos deste programa visam fazer da Igreja de Marília uma casa de iniciação à vida cristã, tornando nossas comunidades "(...) diuturnamente mistagógicas, preparadas para permitir que o encontro com Jesus Cristo se faça e se refaça permanentemente" (n.41). Todo sacramento deve levar à iniciação à vida cristã.

PROJETOS

Batismo

. encaminhamentos de uma catequese batismal que insira as pessoas no encontro pessoal com Jesus Cristo e no testemunho de vida cristã. Acima de tudo, estimular para uma consciência da missionariedade , consequência do batismo.
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18. Cf também Documento de Aparecida (DAp n. 288).

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Catequese de Primeira Comunhão e Crisma
. inserção de uma catequese numa perspectiva catecumenal, por etapas , nas paróquias;
. promover cursos de formação para catequistas;
. oferecer roteiros de celebrações mistagógicas para as diversas etapas catequéticas;
. dar atenção especial para as pessoas com deficiências.

Catequese de adultos
.. dar especial atenção à catequese com adultos, valorizando o Ritual de iniciação cristã de adultos, de acordo com cada realidade.

Encontro de Namorados
. promover encontros que ajudem os casais de namorados a caminhar numa perspectiva de respeito um para com o outro, na intimidade com o Senhor.

Preparação para casamento, celebração matrimonial acompanhamento dos casais
. criar ou reforçar uma pastoral matrimonial em sentido amplo (antes, durante e após o matrimônio);
. formar e capcitar agentes de pastoral que estejam aptos para ajudar os casais viverem na vida a dois e na família;
. incentivar as ações pastorais com a família: Pastoral Familiar, Encontro de Casais com Cristo, Equipes de Nossa Senhora, Movimento Familiar Cristão e Casais em Segunda União.

Celebrações de outros sacramentos e sacramentais
. valorização da Confissão, Eucaristia, Unção dos Enfermos, Exéquias e Bençãos 19 .

Escolas da fé
. Valorizar e divulgar os cursos que a diocese já oferece na Teologia para leigos e consagrados, bem como outras formações.
_______________________________
19. Podem ser utilizadas as diversas celebrações existentes no subsídio "Manual do Missionário : A missão a Serviço da Paz" elaborado pela Diocese de Marília.

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PROGRAMA  3

Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral


"Vinculado à iniciação à vida cristã, o atual momento da
ação evangelizadora convida o discípulo missionário a
redescobrir o contato pessoal e comunitário com a Palavra
de Deus como lugar privilegiado de encontro com Jesus
Cristo "(DGAE 2011-2015 n.45) 20 . Deste modo, a iniciação à vida cristã e Palavra de Deus estão intimamente ligadas (n.46)

Os projetos deste programa propõem a animação bíblica de toda a pastoral na Diocese de Marília, aprofundando "(...) um caminho de comunhão e oração com a Palavra" (n,53), no qual se destaca a Liturgia como "(...) âmbito privilegiado onde Deus fala à comunidade" (n.54).

PROJETOS

Formação bíblica
. encontro mensal para estudo bíblico nas paróquias;
. valorização do Mês da Bíblia (setembro) conforme subsídio da CNBB;
. constituição de uma equipe diocesana para elaboração de material.
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20. Cf. também Documento de Aparecida (DAp 247-249)


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Leitura Orante da Palavra de Deus
. O encontro semanal, quinzenal ou mensal para Leitura Orante da Bíblia nas paróquias;
. valorização dos trabalhos que a Comissão Litúrgica Diocesana realiza neste sentido.

Campanha diocesana Bíblia para todos
. campanha permanente de doação de Bíblia (Edição Pastoral).

SUGESTÃO  1 - Maior utilização da Bíblia nos encontros e reuniões;
SUGESTÃO 2 - Na Liturgia, os livros litúrgicos não sejam substituídos por folhetos subsídios e meios eletrônicos.

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PROGRAMA  4

Igreja : comunidade de comunidades
A busca sincera por Jesus Cristo faz surgir a correspondente busca por diversas formas de vida comunitária. "Articuladas  entre si, na partilha da fé e na missão, estas comunidades se unem, dando lugar a verdadeiras redes de comunidades" (DGAE 2011-2015 n. 58).
O caminho para que a paróquia se torne verdadeiramente uma comunidade de comunidades é inevitável, desafiando a criatividade, o respeito mútuo, a sensibilidade para o momento histórico e a capacidade de agir com rapidez.(...) A setorização da paróquia 21 pode favorecer o nascimento de comunidades, pois valoriza os vínculos humanos e sociais (n.62).

O investimento em pequenas comunidades requer eficaz atuação dos pastores e protagonismo dos leigos, por meio dos diversos ministérios a eles confiados. Desta forma. "sob a orientação do bispo diocesano, presbíteros, diáconos, consagrados e leigos devem se unir em torno das grandes metas evangelizadoras e dos projetos pastorais que as concretizam" (n.63)

Por meio dos projetos presentes neste programa, pretende-se fazer da Diocese de Marília uma Igreja: comunidade de comunidades.
______________________
21. Proposta pela Conferência de Aparecida (DAp n. 372).

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PROJETOS

Paróquia Rede de comunidades
. Valorizar as comunidades e os setores paroquiais, inclusive as realidades específicas, tais como novos conjuntos habitacionais;
. valorizar as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs);
. promover a setorização da paróquia e realizar encontros de formação nos setores paroquiais;
. criar Conselhos e Comunidades e, onde for possível e necessário, realizar assembleias;
. valorizar os ministérios leigos, seu espaço de trabalho, participação e decisão;
. desenvolver atividades pastorais próprias nas comunidades tais como atendimento do padre, catequese, Liturgia e Juventude.

Conselho Paroquial de Pastoral (CPP)
Fortalecimento do CPP por meio de:
. formação específica para coordenadores de CPP(regional ou diocesana);
.formação paroquial para todos os membros do CPP (roteiro proposto pela diocese ou região pastoral, com orientações acerca da teologia de comunhão como fundamento do CPP; as normas diocesanas sobre o CPP; identidade, finalidade e atribuições do Conselho Paroquial de Pastoral)

Conselho de Assuntos Econômicos Paroquial (CAEP)
Fortalecimento do CAEP por meio de:
. conscientização acerca da necessidade de investir na formação de agentes pastorais;
. formação específica sobre administração paroquial para os membros do CAEP em vista desta conscientização.

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Conselho Regional de Pastoral (CRP) e Conselho Diocesano de Pastoral (CDP)
. Reestruturar os CRPs e o CDP oferecendo formação aos seus membros;
. valorizar o protagonismo dos leigos nestes conselhos;
. otimizar a participação de todos os membros;
.dinamizar estes conselhos, de tal maneira que eles cumpram sua função;
. estabelecer melhor as relações entre Equipe de Coordenação Pastoral e CDP

Setor Juventude
. fortalecer continuamente o setor juventude;
. valorizar os diversos grupos de jovens existentes nas paróquias.

SUGESTÃO  1 -  Eucaristia Dominical ou Celebração da Palavra nas comunidades (nas quais isso foi possível);
SUGESTÃO 2 - Realizar assembleias paroquiais anuais, objetivando o Planejamento Pastoral; assembleias em âmbito de cidade, odne há mais de uma paróquia, e assembleias regionais.

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PROGRAMA  5

Igreja a serviço da vida plena para todos

Ao londo de uma historia de solidariedade e compromisso
com as incontáveis vítimas da inúmeras formas de destruição
da vida, a Igreja se reconhecer servidora do Deus da Vida. 
A nova época que, pela graça deste mesmo Deus, haverá de
surgir, precisar ser marcada pelo amor e pela valorização da
vida,, em todas as suas dimensões(DGAE 2011-2015 n.66).
É através da promoção da cultura da vida que os discípulos
missionários de Jesus Cristo testemunham verdadeiramente sua fé (DGAE 2011-2015 n.68).

Superando o mero assistencialismo e em vista de uma verdadeira promoção humana e social, por meio dos projetos presentes neste programa, a Diocese de Marília pretende ser uma Igreja a serviço da vida plena para todos.

PROJETOS

Conselho Diocesano de Leigos (CDL) e Grupos de Fé e Politica.
. fortalecimento da equipe diocesana e equipes paroquiais, com formação para seus membros;
. criação de equipes paroquiais onde não existem;
. estabelecer parcerias com os municípios.

Comissão Diocesana de Justiça e Paz
. fortalecer a ação da Comissão de Justiça e Paz em toda a diocese.

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Campanha da Fraternidade (CF) e Fundo Diocesano de Solidariedade (FDS)
. Estimular a formação de uma equipe permanente da CF em cada paróquia;
. Orientar as paróquias a desenvolverem projetos do FDS que sejam voltados para a promoção humana e social.

Pastorais sociais
. descobrir novos agentes de pastoral para os trabalhos nas pastorais da criança, da sobriedade, entre outras;
. formar lideres e agentes para estas pastorais;
. estimular os profissionais da paróquia no comprometimento com a ação paroquial.

Pastoral Carcerária
. Fortalecer o Trabalho da Pastoral Carcerária na Diocese, estimulando sua presença em todas paróquias e cidades ode existem unidades prisionais.

Serviço de Animação Vocacional (SAV)
. redescobrir a vocação específica como serviço à vida.

Vocação específica dos religiosos e consagrados
. incentivar e colaborar com o trabalho realizado pelos religiosos e religiosas, consagrados e consagradas, nas escolas, creches, orfanatos, casas de recuperação, asilos, etc.


SUGESTÃO  1 -  Os projetos sociais devem ser permanentes e não interrompidos por ocasião ds mudanças de pároco;
SUGESTÃO 2 - A aplicação de ao menos 10% do dízimo paroquial na dimensão social.
SUGESTÃO 3 - Contato com as escolas(valorização da vida e da cidadania) - criar um projeto de educação escolar.

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CONCLUSÃO


O PDP  aponta para o compromisso evangelizador da Igreja na Diocese de Marília. Terá vigência e aplicação na pastoral diocesana nos próximos anos : 2014-2016.

Ele será retomado periodicamente em seus programas e projetos, para garantir sua constante atualização e orientação no processo de comunhão pastoral na diocese de Marília. Poderá se revisto como um todo, a partir das próximas DGAE

O Conselho Diocesano de Pastoral (CDP) e também o Conselho de Pastoral Paroquial (CPP) serão os responsáveis para animar, acompanhar e avaliar as ações específicas par a concretização de cada projeto pastoral.

O PDP representa  forte apelo à efetiva unidade na Igreja de Marília. Portanto todos podem e devem se envolver na sua reflexão e aplicação (comunidades, grupos, movimentos e pastorais). Pede-se aos vigários episcopais, párocos e colaboradores, que desenvolvam, a partir deste Plano, uma pastoral de comunhão e participação, que permita a renovação e o êxito na ação evangelizadora e missionária da Igreja de Marília.

Solicita-se às congregações religiosas, bem como aos consagrados e consagradas da diocese, às novas comunidades, às diversas pastorais e movimentos presentes na Diocese de Marília, que programem sua atividades á luz do Plano Diocesano de Pastoral, favorecendo a unidade e a comunhão pastoral, em vista da missão de evangelizar, confiada a todos. 

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Os temas de grande incidência pastoral como "iniciação  à vida cristã", "paróquia: comunidade de comunidades", "descentralização pastoral", "missões populares", "protagonismo dos leigos", "juventude", "defesa da vida" e outros - serão devidamente estudados em cursos de formação, encontros e assembléias paroquiais, regionais e diocesanas, e igualmente, contemplados em subsídios elaborados.

Confiamos este Plano de Pastoral e nossa ação evangelizadora e missionária ao Apóstolo São Pedro, nosso padroeiro, e à Mãe Aparecida, estrela da evangelização e modelo dos discípulos missionários de Jesus, para que nos acompanhe com sua intercessão e nos leve a fazer tudo o que seu Filho nos disser.

São Pedro Apóstolo, rogai por nós
Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós

Marília, 24 de novembro de 2013
                                                 Solenidade de Cristo Rei do Universo

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ANEXO 1 - PROJETO PARÓQUIA IRMÃ


"Não são muitas as paróquias que amadureceram na fé a ponto de enviar sues fiéis em missão. Em geral, ali se vive uma certa acomodação, marcada pela frieza e por choques internos. Paradoxalmente, seria esse mesmo envio missionário o "disparador" de um processo capaz de renovar e vitalizar a paróquia (Antônio Carlos Santini) 22

Objetivos
. Estimular o sentimento de Igreja Diocesana;
. Fomentar a corresponsabilidade fraterna na Diocese de Marília;
. Desenvolver o espírito missionário opor meio do contato pessoal com outras realidades paroquiais;
. Comprometer-se com a dimensão social.

Propostas de ação
a. apresentar ideia ao CPP para apreciação;
b. criar uma Equipe Missionária para este fim, com pelo menos 3 ou 4 pessoas;
c. buscar, junto ao bispo, sugestões de paróquias que precisam de ajuda, preferencialmente em outra Região Pastoral;
d. escolha da Paróquia irmã pelo pároco, CPP e Equipe Missionária;
______________________________________________________
22. Jornal o Lutador - Cadernos Missionários do Reino - agosto 2006

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e. contato entre os párocos para apresentação da proposta;
f. após a aceitação, em todas as missas de um final de semana, a paróquia que envia fará a apresentação do projeto Paróquia irmã à comunidade, realizando o envio da Equipe Missionária na última missa;
g. primeira visita da Equipe Missionária para apresentação da equipe e para conhecer a realidade da paróquia Irmã; 
h. voltando da visita missionária, a equipe apresentará à comunidade um "relatório" da visita com fotos, slides, etc.; 
i. O  pároco da paróquia Irmã que recebe indicará, por escrito, as necessidades mais urgentes em âmbito pastoral e administrativo;
j. a equipe e o pároco da paróquia que envia estudarão as necessidades da Paróquia irmã e farão um projeto de ajuda e compromisso o para o primeiro ano. Este projeto será apresentado ao pároco para apreciação;
k. uma vez firmada a colaboração mútua, as paróquias definirão um cronograma de atividades, que envolve as pastorais da duas paróquias . Sugerem-se, no mínimo, duas visitas anuais da paróquia que envia e uma da paróquia que recebe, com objetivo de ajuda mútua, intercâmbio pastoral e estreitamento de laços fraternos;
l. por questão de transparência e para manter o espírito missionário vivo, a Equipe Missionária prestará contas regularmente ao CPP e à comunidade;
m. O Projeto Paróquia Irmã será firmado pelo prazo mínimo de três anos. As paróquias envolvidas farão avaliação anual.

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ANEXO 2 - PROJETO SANTAS MISSÕES NA PARÓQUIA


SANTAS : Porque continuam a mesma missão de Jesus
(Lc 4,14-21)
MISSÕES : Porque é tempo de ser enviado, de andar, de
visitar, vivendo e testemunhando a mesma missão de Jesus,
que andava por toda a Galileia, pregando nas sinagogas
e expulsando os demônios (Mc 1,39)
POPULARES : porque elas acontecem no meio do povo,
com o apoio e de acordo com os anseios e as lutas do povo
por mais vida e dignidade (Lc 5,1.15).


Objetivos

As  Santas Missões Populares (SMP) constituem um projeto com objetivo de revitalizar a pastoral paroquial a partir de um processo missionário local permanente, Apoia-se na proposta do Pe. Luiz Mosconi 23 e em outras experiências missionárias. 

Elas foram idealizadas com objetivo de descobrir e valorizar o que há de bom nas pessoas e nas comunidades, em vista de :

a. ajudar as pessoas a darem um sentido verdadeiro á própria vida;
b. despertar o gosto pela missão;
c. convidar todos a seguirem Jesus, num grande mutirão evangeliza-
dor, em defesa da vida e da cidadania;
d. fazer crescer, quem qualidade e quantidade, a caminhada das pequenas comunidades;
e. viver a comunhão fraterna;
f. zelar pelo meio ambiente.
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23 . Pe. Luiz Mosconi é padre diocesano. Nasceu e se formou na Itália. Está no Brasil desde 1967. Como pároco, priorizou o trabalho de CEBs. Também é estudioso no campo da Bíblia e antropologia existencial. Desde 1990, trabalha  com especial dedicação, nas Santas Missões.

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Propostas de ação

As SMP acontecem no meio do povo, aproximando as pessoas, renovando e fortalecendo a sua fé para uma vivência cristã profunda e generosa, contribuindo para que o Evangelho chegue a toda criatura.

Durante as Santas Missões, são realizadas Assembleias, celebrações, caminhadas, via sacras, vigílias de oração, leitura orante da Bíblia, recitação do terço, mutirão de confissões, visitas às famílias, atividades culturais (por exemplo, shows, teatros, dança, etc), projetos alternativos 24 e outras atividades, sempre valorizando a criatividade dos paroquianos.

AS SANTAS MISSÕES POPULARES ACONTECEM EM TRÊS GRANDES MOMENTOS


Primeiro momento : Namoro (em torno de três meses)

a. sintonizar com as SMP ( entrarem contato com a Coordenação Pastoral);
b. conhecer e estudar as SMP;
c. conversar sobre as dificuldades e desafios a serem enfrentados nas SMP. Apresentar também os benefícios a serem conquistados pela paróquia;
d.discernir, em oração, sobre as possibilidades reais de assumir as
SMP;
e) decidir fazer as SMP, em assembléia paroquial, ordinária ou extraordinária. 

Segundo Momento : Noivado ( em torno de três meses)

a) as SMP tornam-se o eixo de toda a ação pastoral, lançando a paroquia em estado permanente de missão;
b. criação da coordenação paroquial das SMP;
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24 . Cada paróquia desenvolverá projetos alternativos de acordo com a sua realidade, envolvendo, por exemplo, saúde, medicina popular, mutirões, hortas e padarias comunitárias, artesanatos, pequenas cooperativas, etc.


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c. criação da equipe para fazer o censo paroquial;
d. criação da equipe responsável pelos subsídios;
e. SMP - eixo de toda pastoral paroquial(tod a paróquia em missão);
f. criação ou reestruturação dos setores na apróquia;
g. elaboração da Oração Missionária, do Hino Missionário e do Slogam das SMP na paróquia.

Ao término deste segundo momento, realiza-se um retiro paroquial, conforme orientações e propostas.

Terceiro Momento : Casamento ( três meses)

1a. Etapa : acordar

nesta etapa, acontecerá a formação dos coordenadores de setores e dos missionários locais.Esta será feita a partir dos estudos de Eclesiologia, Evangelhos e Espiritualidade, sempre em comunião com as orientações da Igreja no Brasil.

Ao final desta etapa realiza-se outro retiro paroquial

2a. Etapa : Saborear (uma semana)

Grande Semana Missionária com a presença de todos os missionários locais e de outros missionários vindos de toda a diocese e até mesmo de dioceses vizinhas : padres, religiosos, religiosas, seminaristas, leigos e leigas.

a. visitas e bênçãos das casas;
b. festa do padroeiro;
c. várias    atividades   na   paróquia   (missas,   Laudes   ou   Ofício Divino ,     confissões,      Visitas     aos      enfermos,       adoração   ao 

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Santíssimo, Procissões e outras atividades, conforme a programação);
d. diversas atividades culturais, de acordo com a realidade loca

Após a Semana Missionária, a missão permanente continua com os missionários locais:

a. avaliando e planejando a vida missionária da paróquia;
b. mantendo viva a caminhada dos setores, com celebrações e estudos;
c. fazendo da paróquia a Casa da Iniciação á vida Cristã, fomentando o encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, por meio dos sacramentos e sacramentais;
d. despertando novas lideranças;
e. visitando as casas, indo ao encontro das pessoas, orientando e acolhendo os fiéis, levando à experiência da vida comunitária.

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ANEXO 3 - PROJETO PASTORAL CARCERÁRIA

"Estive preso e vieste me visitar" (Mt 25,36).