Dia
Litúrgico: Tempo Comum, Semana XIII, Sábado
Evangelho
(Mt 9,14-17): Aproximaram-se
de Jesus os discípulos de João e perguntaram: «Por que jejuamos, nós e os
fariseus, ao passo que os teus discípulos não jejuam?». Jesus lhes respondeu:
«Acaso os convidados do casamento podem estar de luto enquanto o noivo está com
eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então jejuarão. Ninguém põe
remendo de pano Dia Litúrgico: 3 de Julho: São Tomé Apóstolo
Evangelho (Jn 20,24-29): Tomé, chamado Gêmeo, que era um dos
Doze, não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe:
«Nós vimos o Senhor!». Mas Tomé disse: «Se eu não vir a marca dos pregos em
suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos, se eu não puser a mão no
seu lado, não acreditarei».
Oito dias depois, os discípulos encontravam-se reunidos na casa,
e Tomé estava com eles. Estando as portas fechadas, Jesus entrou, pôs-se no
meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe o teu
dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não
sejas incrédulo, mas crê!». Tomé respondeu: «Meu Senhor e meu Deus!». Jesus lhe
disse: «Creste porque me viste? Bem-aventurados os que não viram, e creram!».
Comentário: + Rev. D. Joan SERRA i
Fontanet (Barcelona, Espanha)
Meu
Senhor e meu Deus
Hoje,
a Igreja celebra a festa de Santo Tomé. O evangelista João, depois de descrever
a aparição de Jesus, no próprio Domingo da Ressurreição, diz que o apóstolo
Tomé não estava ali, e quando os Apóstolos —que tinham visto o Senhor— disso
davam testemunho, Tomé respondeu: «Se eu não vir a marca dos pregos em suas
mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos, se eu não puser a mão no
seu lado, não acreditarei» (Jo 20,25).
Jesus
é bom e vai ao encontro de Tomé. Passados oito dias, Jesus aparece novamente e
diz a Tomé: «Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e
coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!» (Jo 20,27).
— Oh,
Jesus, como és bom! Se vês que alguma vez me afasto de Ti, vem ao meu encontro,
como foste ao encontro de Tomé.
Estas
palavras foram a reação de Tomé: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20,28). Que
bonitas são estas palavras de Tomé! Chama-lhe “Senhor” e “Deus”. Faz um ato de
fé na divindade de Jesus. Ao vê-lo ressuscitado, já não vê somente o homem
Jesus, que estava com os Apóstolos e comia com eles, mas o seu Senhor e seu
Deus.
Jesus
repreende-o e diz-lhe que não seja incrédulo, mas crente e acrescenta:
«Bem-aventurados os que não viram, e creram!» (Jo 20,28). Nós não vimos Cristo
crucificado, nem Cristo ressuscitado, nem nos apareceu, mas somos felizes
porque acreditamos neste Jesus Cristo que morreu e ressuscitou por nós.
Então,
rezemos: «Meu Senhor e meu Deus, afasta de mim tudo o que me afasta de Ti; meu
Senhor e meu Deus, dá-me tudo o que me aproxima de Ti; meu Senhor e meu Deus,
tira-me de mim próprio para me dar inteiramente a Ti» (S. Nicolau de Flüe).
novo em roupa velha,
porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda.Também
não se põe vinho novo em odres velhos, senão os odres se arrebentam, o vinho se
derrama e os odres se perdem. Mas vinho novo se põe em odres novos, e assim os
dois se conservam».
Comentário: Rev.
D. Joaquim FORTUNY i Vizcarro (Cunit, Tarragona, Espanha)
Dias
virão em que o noivo lhes será tirado. Então jejuarão
Hoje
notamos os novos tempos que se iniciam com Jesus, a sua nova doutrina que é
ensinada com autoridade, e, como todas as coisas novas, vemos como elas chocam
e questionam a realidade e os valores dominantes na sociedade. Assim, nas
páginas que precedem o Evangelho que estamos contemplando, vemos a Jesus
perdoando os pecados, o paralítico sendo curado e, ao mesmo tempo, acompanhamos
como isso escandaliza os fariseus. Vemos também Jesus, chamado à casa de
Mateus, o cobrador de impostos, comendo com eles outros publicanos e pecadores,
o que fez os fariseus “subir pelas paredes”. No Evangelho de hoje são os
discípulos de João que se aproximam de Jesus porque não compreendem que Ele e
seus discípulos não jejuem.
Jesus
que nunca deixa a ninguém sem resposta, lhes dirá: «Acaso os convidados do
casamento podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que
o noivo lhes será tirado. Então jejuarão» (Mt 9,15). O jejum era, e é, uma
prática penitencial que contribui para «adquirir o domínio sobre nossos
instintos e a liberdade de coração» (Catecismo da Igreja Católica, n. 2043) e a
implorar à misericórdia divina. Mas nesses momentos, a misericórdia e o amor
infinito de Deus estava no meio deles com a presença de Jesus, o Verbo
Encarnado. Como podiam jejuar? Só havia uma atitude possível: a alegria, o gozo
pela presença de Deus feito homem. Como poderiam jejuar se Jesus havia revelado
uma maneira nova de relacionar-se com Deus, um espírito novo que rompia com
todas aquelas maneiras antigas de viver?
Hoje Jesus está: «Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20) e também não está, porque voltou ao Pai e por isso clamamos: Vem Senhor Jesus!
Hoje Jesus está: «Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20) e também não está, porque voltou ao Pai e por isso clamamos: Vem Senhor Jesus!
Estamos
vivendo tempos de expectativa. Por isso, convém renovar-nos a cada dia, com o
espírito novo de Jesus, desprendendo-nos de nossas rotinas, jejuando de tudo
aquilo que nos impeça de avançar a uma identificação plena com Cristo, à
santidade. «Justo é nosso choro —nosso jejum— se queimamos em desejos de vê-lo»
(Santo Agostinho).
À Santa Maria, supliquemos que nos outorgue as graças que necessitamos para viver a alegria de nos sabermos filhos amados de Deus.
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