terça-feira, 22 de julho de 2014

COMO SER BOM BISPO SEGUNDO CARDEAL OUELLET

Em colóquio com o cardeal Ouellet - Para se tornar um bispo

2014-07-22 L’Osservatore Romano
Homem de oração, de anúncio, de testemunho. Mas sobretudo «pastor com o cheiro das ovelhas, ou seja, próximo das pessoas». Eis a figura do bispo que sobressai do ensinamento do Papa Francisco, o qual – frisou nesta entrevista ao nosso jornal o cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os bispos – não tem «a pretensão de dizer coisas novas» mas tem «o dom de esclarecer com maior força aqueles aspectos irrenunciáveis» que constituem o centro da missão episcopal.
É possível traçar um retrato do bispo segundo as indicações do Papa Francisco?
Penso certamente que sim. Aos representantes pontifícios convocados em Roma no ano passado, o Pontífice disse que não tem a pretensão de dizer coisas novas. Contudo, tem o dom de esclarecer com mais força os aspectos irrenunciáveis que, no nosso caso, constituem a identidade do bispo. Ao encontrar-se com a Congregação para os bispos, em Fevereiro passado, especificou alguns traços da figura dos bispos como testemunhas do Ressuscitado, querigmáticos, orantes e pastores. Muitas vezes o Papa Francisco recorre a imagens que surpreendem e veiculam imediatamente o seu pensamento.
Quais em particular?
Por exemplo, afirmou que o bispo deve ser pastor com o cheiro das ovelhas, ou seja, próximo das pessoas. Este é o primeiro critério indicado pelo Papa para a escolha dos candidatos ao episcopado. Além disso, não deve ter uma psicologia de «príncipe», mas ser pai e irmão, manso, misericordioso e, sobretudo, paciente. Outra característica identitária é que o bispo viva como esposo de uma Igreja, sem estar constantemente à procura de outra, de modo que possa trabalhar sem cálculos humanos em prol do povo que lhe foi confiado

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