87.
Além disso, constatamos o retrocesso das geleiras em todo o mundo: o degelo do
Ártico cujo
impacto
já está se vendo na flora e fauna desse ecossistema; também o aquecimento
global se faz
sentir
no estrondoso crepitar dos blocos de gelo ártico que reduzem a cobertura
glacial do
continente
e que regula o clima do mundo. Profeticamente, há 20 anos, desde a fronteira
das
Américas,
João Paulo II assinalou: “Desde o Cone Sul do Continente Americano e frente aos
ilimitados
espaços
da Antártida, lanço um chamado a todos os responsáveis de nosso planeta para
proteger e
conservar
a natureza criada por Deus: não permitamos que nosso mundo seja uma terra cada
vez
mais
degradada e degradante”28
2.1.5
Presença dos povos indígenas e afro-americanos na Igreja
88.
Os indígenas constituem a população mais antiga do continente. Estão na raiz
primeira da
identidade
latino-americana e caribenha. Os afro-americanos constituem outra raiz que foi
arrancada
da
África e trazida para cá como gente escravizada. A terceira raiz é a população
pobre que migrou
da
Europa a partir do século XVI, em busca de melhores condições de vida e o
grande fluxo de
imigrantes
de todo o mundo a partir de meados do século XIX. De todos estes grupos e de
suas
correspondentes
culturas se formou a mestiçagem que é a base social e cultural de nossos povos
latino-americanos,
como já o reconheceu a III Conferência Geral do Episcopado Latino-americano
celebrada
em Puebla, México.
89.
Os indígenas e afro-americanos são, sobretudo, “outros” diferentes que exigem
respeito e
reconhecimento.
A sociedade tende a menosprezá-los, desconhecendo o porquê de suas diferenças.
Sua
situação social está marcada pela exclusão e pela pobreza. A Igreja acompanha
os indígenas e
afro-americanos
nas lutas por seus direitos.
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