51.
As novas gerações são as mais afetadas por esta cultura do consumo em suas
aspirações pessoais
profundas.
Crescem na lógica do individualismo pragmático e narcisista, que desperta neles
imagens
especiais
de liberdade e igualdade. Afirmam o presente porque o passado perdeu relevância
diante
de
tantas exclusões sociais, políticas e econômicas. Para eles o futuro é incerto.
Assim mesmo,
participam
da lógica da vida como espetáculo, considerando o corpo como ponto de
referência de
sua
realidade presente. Têm um novo vício pelas sensações e crescem em uma grande
maioria sem
referência
aos valores e instâncias religiosas. Em meio à realidade de mudança cultural
emergem
novos
sujeitos, com novos estilos de vida, maneiras de pensar, de sentir, de perceber
e com novas
formas
de se relacionar. São produtores e atores da nova cultura.
52.
Entre os aspectos positivos desta mudança cultural aparece o valor fundamental
da pessoa, de
sua
subjetividade e experiência, a busca do sentido da vida e da transcendência.
Para dar respostas à
busca
mais profunda do significado da vida, o fracasso das ideologias dominantes,
permitiu que a
simplicidade
e o reconhecimento do fraco e do pequeno na existência surgissem como valor,
com
uma
grande capacidade e potencial que não podem ser desvalorizados. Esta ênfase na
apreciação da
pessoa
abre novos horizontes, onde a tradição cristã adquire um renovado valor,
sobretudo quando
a
pessoa se reconhece em um Deus que se encarna e nasce em um estábulo, assumindo
uma
condição
humilde e pobre.
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