sábado, 7 de junho de 2014

DOCUMENTO DE APARECIDA CAPITULO 01 EM PARTES



1.3. A missão da Igreja é evangelizar

29. A história da humanidade transcorre sob o olhar compassivo de Deus que nunca a abandona.
Também a este nosso mundo, Deus amou tanto que nos enviou seu Filho. Ele anuncia a boa nova do
Reino aos pobres e aos pecadores. Por isso, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e
devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos
ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador
e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa
esperança em meio a todas as provas. Os cristãos são portadores de boas novas para a humanidade,
não profetas de desventuras.
30. A Igreja deve cumprir sua missão seguindo os passos de Jesus e adotando suas atitudes (cf. Mt
9,35-36). Ele, sendo o Senhor, fez-se servo e obediente até a morte de cruz (cf. Fl 2,8); sendo rico,
escolheu ser pobre por nós (cf. 2 Cor 8,9), ensinando-nos o caminho de nossa vocação de discípulos e
missionários. No Evangelho aprendemos a sublime lição de ser pobres seguindo a Jesus pobre (cf. Lc
6,20; 9,58), e a de anunciar o Evangelho da paz sem bolsa ou alforje, sem colocar nossa confiança no
dinheiro nem no poder deste mundo (cf. Lc 10,4 ss). Na generosidade dos missionários se manifesta
a generosidade de Deus, na gratuidade dos apóstolos aparece a gratuidade do Evangelho.
31. No rosto de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, maltratado por nossos pecados e glorificado pelo
Pai, nesse rosto doente e glorioso20, com o olhar da fé podemos ver o rosto humilhado de tantos
homens e mulheres de nossos povos e, ao mesmo tempo, sua vocação à liberdade dos filhos de
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Deus, à plena realização de sua dignidade pessoal e à fraternidade entre todos. A Igreja está a serviço
de todos os seres humanos, filhos e filhas de Deus.
32. Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos
como o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas
adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do
pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão
(cf. Lc 10,29-37; 18,25-43). A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo
futuro e agoniado pela violência e pelo ódio. A alegria do discípulo não é um sentimento de bemestar
egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a boa
nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; têlo
encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e

obras é nossa alegria.

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