1.3.
A missão da Igreja é evangelizar
29.
A história da humanidade transcorre sob o olhar compassivo de Deus que nunca a
abandona.
Também
a este nosso mundo, Deus amou tanto que nos enviou seu Filho. Ele anuncia a boa
nova do
Reino
aos pobres e aos pecadores. Por isso, como discípulos e missionários de Jesus,
queremos e
devemos
proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que
Deus nos
ama,
que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o
poder salvador
e
libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta
incessantemente nossa
esperança
em meio a todas as provas. Os cristãos são portadores de boas novas para a
humanidade,
não
profetas de desventuras.
30.
A Igreja deve cumprir sua missão seguindo os passos de Jesus e adotando suas
atitudes (cf. Mt
9,35-36).
Ele, sendo o Senhor, fez-se servo e obediente até a morte de cruz (cf. Fl 2,8);
sendo rico,
escolheu
ser pobre por nós (cf. 2 Cor 8,9), ensinando-nos o caminho de nossa vocação de
discípulos e
missionários.
No Evangelho aprendemos a sublime lição de ser pobres seguindo a Jesus pobre
(cf. Lc
6,20;
9,58), e a de anunciar o Evangelho da paz sem bolsa ou alforje, sem colocar
nossa confiança no
dinheiro
nem no poder deste mundo (cf. Lc 10,4 ss). Na generosidade dos missionários se
manifesta
a
generosidade de Deus, na gratuidade dos apóstolos aparece a gratuidade do
Evangelho.
31.
No rosto de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, maltratado por nossos pecados e
glorificado pelo
Pai,
nesse rosto doente e glorioso20, com o olhar da fé podemos ver o rosto
humilhado de tantos
homens
e mulheres de nossos povos e, ao mesmo tempo, sua vocação à liberdade dos
filhos de
11
Deus,
à plena realização de sua dignidade pessoal e à fraternidade entre todos. A
Igreja está a serviço
de
todos os seres humanos, filhos e filhas de Deus.
32.
Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem
reconhecemos
como
o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres
feridos pelas
adversidades;
desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor
do
pecado
e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e
compaixão
(cf.
Lc 10,29-37; 18,25-43). A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo
atemorizado pelo
futuro
e agoniado pela violência e pelo ódio. A alegria do discípulo não é um
sentimento de bemestar
egoísta,
mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar
a boa
nova
do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode
receber; têlo
encontrado
foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra
e
obras
é nossa alegria.
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