sexta-feira, 6 de junho de 2014

DOCUMENTO 104 - CONTINUAÇÃO



33. Após a ressurreição, Jesus Cristo transmite aos apóstolos
a promessa do Pai, o Espírito Santo, para que sejam revestidos
do seu poder celeste e se tornem as testemunhas universais
do Evangelho. O poder do Espírito Santo, recebido
no dia de Pentecostes (cf. At 2), concede diversos carismas
que acompanham o verdadeiro anúncio evangélico.
O mesmo espírito guia as decisões fundamentais da Igreja
para ser uma comunidade evangelizadora: admissão dos
pagãos (cf. At 8,29- 39); superar obstáculos da Lei Mosaica
(cf. At 5,28); e missionar o mundo pagão (cf. At 13,2- 3).
34. Os apóstolos criaram comunidades nas quais a essência de
cada cristão se defi ne como fi liação divina. Esta se dá no Espírito
Santo pela relação entre a fé e o batismo. É o Espírito
quem realiza nos corações a condição para que alguém se
torne seguidor de Jesus Cristo, fi lho de Deus, e membro da
comunidade cristã.
35. Aqueles que são conduzidos pelo Espírito (cf. Rm 8,14) são
fi lhos de Deus que realizam no cotidiano sua dignidade
divina (cf. Rm 8,4). A vida cristã consiste em acolher e em
obedecer, de forma livre e consciente, a um projeto de vida.
Essa é a graça divina criada no coração vivifi cado pelo Espírito.
O comportamento fi lial do cristão é fruto do Espírito
(cf. 1Ts 2,11- 12). A comunidade cristã é a testemunha de
Cristo até os confi ns da terra (cf. At 1,8). É a partir das comunidades
neotestamentárias que podemos haurir a perspectiva
comunitária fundamental para repensar qualquer
comunidade eclesial ao longo da história da Igreja.

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