sexta-feira, 20 de junho de 2014

DOCUMENTO 104 - CONTINUAÇÃO



59. Assim a Igreja, que prolonga a missão de Jesus, há de ser
compreendida primeiramente como comunhão (communio),
pois sua raiz última é o mistério insondável do Pai que,
por Cristo e no Espírito, quer que todos os homens e todas
as mulheres participem de sua vida de infi nita e eterna comunhão,
na liberdade e no amor, vivendo como fi lhos e
fi lhas, irmãos e irmãs. O Concílio Vaticano II acentuou essa
compreensão ao apresentar a eclesiologia em chave trinitária:
“A Igreja é o povo de Deus reunido na unidade do
Pai, do Filho e do Espírito Santo”.16 A comunhão trinitária
torna- se, então, fonte da vida e da missão da Igreja, modelo
de suas relações e meta última de sua peregrinação.
60. Nessa perspectiva, é preciso perceber a riqueza do que se
entende por comunhão. O signifi cado primeiro remete à
comunhão com Deus. Os membros de uma comunidade
de fé, pelo encontro com o Senhor, antes de tudo, querem
estar em comunhão com o Deus Uno e Trino. Como os discípulos,
cada cristão é, inicialmente, chamado à comunhão
com o Senhor. Na liturgia batismal, a profi ssão de fé expressa
em comunidade é a resposta de adesão a Deus que
se revela mistério de comunhão trinitária. Por isso, desde
o início, a experiência de fé é essencialmente um chamado
à comunhão com a Trindade.17

Nenhum comentário:

Postar um comentário