sábado, 3 de maio de 2014

EVANGELII GAUDIUM






2. A doce e reconfortante alegria de evangelizar

9. O bem tende sempre a comunicar-se. Toda a experiência autêntica de verdade e de beleza procura,
por si mesma, a sua expansão; e qualquer pessoa que viva uma libertação profunda adquire
maior sensibilidade face às necessidades dos outros. E, uma vez comunicado, o bem radica-se e
desenvolve-se. Por isso, quem deseja viver com dignidade e em plenitude, não tem outro caminho
senão reconhecer o outro e buscar o seu bem. Assim, não nos deveriam surpreender frases
de São Paulo como estas: “O amor de Cristo nos absorve completamente” (2 Cor 5, 14); “ai de
mim, se eu não evangelizar!” (1 Cor 9, 16).
10. A proposta é viver a um nível superior, mas não com menor intensidade: “Na doação, a vida
se fortalece; e se enfraquece no comodismo e no isolamento. De facto, os que mais desfrutam
da vida são os que deixam a segurança da margem e se apaixonam pela missão de comunicar a
vida aos demais”. Quando a Igreja faz apelo ao compromisso evangelizador, não faz mais do que
indicar aos cristãos o verdadeiro dinamismo da realização pessoal: “Aqui descobrimos outra profunda
lei da realidade: “A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos
outros”. Isto é, definitivamente, a missão”. Consequentemente, um evangelizador não deveria ter
constantemente uma cara de funeral. Recuperemos e aumentemos o fervor de espírito, “a suave
e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando for preciso semear com lágrimas! (...) E
que o mundo do nosso tempo, que procura ora na angústia ora com esperança, possa receber a
Boa Nova dos lábios, não de evangelizadores tristes e descoroçoados, impacientes ou ansiosos,
mas sim de ministros do Evangelho cuja vida irradie fervor, pois foram quem recebeu primeiro em
si a alegria de Cristo”

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