sábado, 31 de maio de 2014

DOCUMENTO 104

1.6. O novo modo de ser pastor

21. Jesus se apresentava como o Bom Pastor (cf. Jo 10,11).
Com bondade e ternura, ele acolhia o povo, sobretudo os
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pobres (cf. Mc 6,34; Mt 11,28- 29). Seu agir revela um novo
jeito de cuidar das pessoas.
22. Jesus recupe ra a dimensão caseira da fé. O ambiente da
casa exerce um papel central na atividade de Jesus. Não
se trata só da casa de tijolos nem só da família, mas, sobretudo,
da comunidade. Durante os três anos em que
andou pela Galileia, ele visitou as pessoas. Entrou na casa
de Pedro (cf. Mt 8,14), de Mateus (cf. Mt 9,10), de Zaqueu
(cf. Lc 19,5), entre outros. O povo procurava Jesus na sua
casa (cf. Mt 9,28; Mc 1,33). Quando ia a Jerusalém, Jesus
parava em Betânia, na casa de Marta, Maria e Lázaro
(cf. Jo 11,3). Ao enviar os discípulos, deu- lhes a missão de
entrar nas casas do povo e levar a paz (cf. Mt 10,12- 14).
23. Jesus transmite a Boa- Nova: nas sinagogas aos sábados
(cf. Mc 1,21); em reuniões informais na casa de amigos
(cf. Mc 2,1.15); andando pelo caminho com os discípulos
(cf. Mc 2,23); e sentado num barco (cf. Mc 4,1). Ele vai ao encontro
das pessoas, estabelecendo com elas uma relação direta
através da prática do acolhimento. Jesus propõe um caminho
de vida: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados
e carregados de fardos, e eu vos darei descanso” (Mt 11,28).
24. Jesus tem um cuidado especial para com os doentes (cf. Mc
1,32). A doença era considerada um castigo divino. Por isso,
os doentes eram afastados do convívio social, vivendo de esmola.
Jesus tem um novo olhar sobre eles. Toca- os para curálos
tanto da lepra como da exclusão. Jesus assumiu conscientemente
uma marginalização social, por ter tocado o leproso,
a ponto de já não poder entrar nas cidades (cf. Mc 1,45).
25. Jesus anuncia o Reino para todos. Não exclui ninguém.
Oferece um lugar aos que não tinham lugar na convivência
humana. Recebe como irmão e irmã os que a religião e a
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sociedade despre zavam e excluíam: prostitutas e pecadores
(cf. Mt 21,31- 32); pagãos e samaritanos (cf. Lc 7,2- 10);
leprosos e possessos (cf. Mt 8,2- 4); mulheres, crianças e doentes
(cf. Mc 1,32); publicanos e soldados (cf. Lc 18,9- 14);
e muitos pobres (cf. Mt 5,3).
26. Jesus supera as barreiras de sexo, de religião, de etnia e
de classe. Ele não se fecha dentro da sua própria cultura,
mas sabe reconhecer as coisas boas que existem em todas
as pessoas.

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