quarta-feira, 30 de abril de 2014

EVANGELLI GAUDIUM

5. O Evangelho, onde resplandece gloriosa a Cruz de Cristo, convida insistentemente à alegria.
Apenas alguns exemplos: “Alegra-te” é a saudação do anjo a Maria (Lc 1, 28). A visita de Maria a
Isabel faz com que João salte de alegria no ventre de sua mãe (cf. Lc 1, 41). No seu cântico, Maria
proclama: “O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1, 47). E, quando Jesus começa
o seu ministério, João exclama: “Esta é a minha alegria! E tornou-se completa!” (Jo 3, 29). O próprio
Jesus “estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo” (Lc 10, 21). A sua mensagem é
fonte de alegria: “Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa
alegria seja completa” (Jo 15, 11). A nossa alegria cristã brota da fonte do seu coração transbordante.
Ele promete aos seus discípulos: “Vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há-de
converter-se em alegria” (Jo 16, 20). E insiste: “Eu hei-de ver-vos de novo! Então, o vosso coração
há-de alegrar-se e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria” (Jo 16, 22). Depois, ao verem-No
ressuscitado, “encheram-se de alegria” (Jo 20, 20). O livro dos Actos dos Apóstolos conta que, na
primitiva comunidade, “tomavam o alimento com alegria” (2, 46). Por onde passaram os discípulos,
“houve grande alegria” (8, 8); e eles, no meio da perseguição, “estavam cheios de alegria” (13,
52). Um eunuco, recém-baptizado, “seguiu o seu caminho cheio de alegria” (8, 39); e o carcereiro
“entregou-se, com a família, à alegria de ter acreditado em Deus” (16, 34). Porque não havemos
de entrar, também nós, nesta torrente de alegria?

Nenhum comentário:

Postar um comentário