Deus
não salva por decreto. Salva-nos com ternura e com a sua vida – o Papa na missa
desta terça-feira
Para entrar no mistério de Deus não basta a
inteligência mas é preciso contemplação, proximidade, abundância - são as três
palavras à volta das quais o Papa Francisco centralizou a sua homilia na Missa
desta terça-feira na Casa de Santa Marta. E partiu da Primeira Leitura da
liturgia de hoje retirada da Carta de S. Paulo aos Romanos:
“Contemplar o mistério, isto que Paulo nos diz aqui, sobre a nossa
salvação, sobre a nossa redenção, apenas se percebe de joelhos, na
contemplação. Não apenas com a inteligência. Quando a inteligência quer
explicar um mistério, sempre, sempre... torna-se doida! E assim aconteceu na
História da Igreja. A contemplação: inteligência, coração, joelhos,
oração...tudo junto, entrar no mistério. Aquela é a primeira palavra que talvez
nos ajudará.”
O Papa Francisco avançou então com uma segunda palavra para entrarmos no
mistério de Deus. A seguir à contemplação é preciso... proximidade... Segundo o
Santo Padre trata-se de um trabalho pessoal de Jesus. Com a sua proximidade de
homem vem salvar um homem do seu pecado:
“Proximidade. Deus não nos salva apenas por um decreto, uma lei;
salva-nos com ternura, salva-nos com a sua vida.”
A terceira palavra para entrarmos no mistério de Deus é, segundo o Papa, a
abundância pois, onde foi abandonado o pecado sobreabunda a graça e o amor. A
graça de Deus sempre vence porque é Ele mesmo que a dá – afirmou o Santo Padre
– que esclareceu serem os mais pecadores aqueles que estão mais próximos ao
coração de Jesus, porque Ele vai procurá-los e chama-os a todos: “Vinde,
vinde. E quando lhe pedem uma explicação, diz: Mas os que estão de boa saúde
não têm necessidade de médico; eu vim para curar, para salvar.” (RS)
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