Santo Expedito, segundo a tradição, era armênio, não se conhecendo o lugar de seu
nascimento. Era chefe da 12ª Legião Romana, cognominada "Fulminante",
estabelecida em Metilene, na Capadócia, sede de uma das províncias romanas da
Armênia, e onde sofreu seu martírio.
A Armênia foi uma das
primeiras regiões a receber a pregação dos apóstolos Judas Tadeu, Simão e
Batolomeu, mas foi também local de inúmeras perseguições aos cristãos. Essa
região foi regada com o sangue de muitos mártires, entre eles Santo Expedito,
levado à morte a 19 de Abril de 303, sob o poder de Deocleciano.
Deocleciano subiu ao
trono de Roma em 284 e, devido ao seu caráter, parecia oferecer aos cristãos
garantias de benevolência, pois havia em seu palácio a liberdade de religião.
Porém, por
influências de seu genro pagão, Galero, determinou a perseguição dos cristãos,
ordenando a destruição de igrejas e livros sagrados, a suspensão das
assembléias cristãs e a renúncia de todos os cristãos. Galero, sempre incitado
por sua mãe, também pagã, queria abolir para sempre o Cristianismo e, através
de insinuações maldosas e mentiras, fez Deocleciano crer que o cristianismo
conspirava de várias formas contra a nobreza do imperador.
Deocleciano, então,
empreendeu a exterminação sistemática dos cristãos, envolvendo, inclusive, os
membros de sua própria família e os servidores de seu palácio. O evento
tornou-se um holocausto sangrento, com oficiais, magistrados, o bispo da
Nicomédia (Antino), padres, diáconos e simples fiéis, assassinados ou afogados
em massa.
A energia do generoso
soldado Expedito e sua situação de chefe de legião chamaram a atenção de
Deocleciano quando as perseguições começaram. Entre muitos que já haviam pagado
com a vida, estavam Maurício, outro chefe de legião, Marcelo, centurião romano
e Sebastião, tribuno da guarda pretoriana, hoje conhecido como São Sebastião.
Sendo assim, Expedito e seus companheiros de armas, cheios de admiração pelo
capitão Sebastião, prometeram imitar sua conduta, sabendo que teriam a mesma
sorte de enfrentar a morte a ter que renunciar sua fé.
Assim ocorreu com
Santo Expedito que, depois de ser flagelado até derramar sangue, teve a cabeça
decepada. Era o dia 13, das calendas de Maio, ou 19 de Abril de 303, afirmam os
martinólogos da época. Somente em 324, com a retomada da autoridade do
imperador cristão Constantino, as terríveis perseguições tiveram fim.
O culto à Santo
Expedito se estabeleceu em sua pátria, transpondo o Oriente e passou para a
Alemanha meridional. De lá se espalhou pela Itália, Espanha, França e Bélgica.
Em várias igrejas do mundo apresentam-se estátuas representando Santo Expedito,
com traje legionário, vestindo uma túnica curta e um manto jogado militarmente
atrás dos ombros, tendo postura militar. Em uma mão segura uma palma e na outra
uma cruz.
Com seu pé, esmaga em
um corvo, que se consome a lançar seu grito habitual: "Crás"
("Amanhã", o deixar para o dia seguinte ou mais tarde, tudo o que se
deve cumprir imediatamente). Santo Expedito responde à ave, com a cruz que
segura na mão direita, "Hodie!" ("Hoje", sua vontade de
lançar fora qualquer retardamento ou hesitação no cumprimento da tentação).
Por este motivo, é
invocado nos casos que exigem solução imediata e recebeu o título de patrono
das "Causas Urgentes". Ele não adia seu auxílio para amanhã, atende
sua prece hoje ou na hora em que mais se precisa de ajuda.
Mas não se deve
esquecer que o melhor culto que se pode tributar-lhe não é somente invocá-lo
nos "casos urgentes", e sim imitá-lo na prática generosa da virtude e
do cumprimento fiel de todos os deveres do nosso estado.
POSTADO POR PAROQUIA EM MOVIMENTO
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FONTE - http://www.acsantoexpedito.org.br/?cont=historia
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